ATA DA DÉCIMA SEGUNDA
SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 04-03-2015.
Aos quatro dias do mês de
março do ano de dois mil e quinze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do
Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e
quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida por Airto
Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Dinho do
Grêmio, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, Idenir
Cecchim, João Bosco Vaz, Jussara Cony, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Marcelo
Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Mônica Leal, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof.
Alex Fraga, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni e Tarciso Flecha Negra. Constatada a
existência de quórum, o Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, compareceram Alberto Kopittke, Delegado Cleiton, Dr. Thiago,
Elizandro Sabino, João Carlos Nedel, Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Nereu
D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Professor Garcia, Sofia Cavedon e Waldir Canal.
À MESA, foi encaminhado o Projeto de Lei do Legislativo nº 220/14 (Processo nº
2384/14), de autoria de Reginaldo Pujol. Também, foi apregoado documento de
autoria de Séfora Gomes Mota, deferido pelo Presidente, solicitando autorização
para representar externamente este Legislativo, hoje, em Sessão Solene em
homenagem ao Dia Internacional da Mulher e de entrega do Troféu Mulher Cidadã
2015, às quatorze horas, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do
Sul, em Porto Alegre – RS. Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº 008/14, de
Sedinei Catafesta, Presidente da Câmara Municipal de Farroupilha – RS. Em
COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se Prof. Alex Fraga, Bernardino Vendruscolo,
Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Jussara Cony e Engº Comassetto. Na
ocasião, por solicitação de Fernanda Melchionna, Engº Comassetto e Jussara
Cony, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma a Enrique
Morales, falecido no dia vinte e oito de fevereiro do corrente, e a Zezéu
Ribeiro. Às quatorze horas e cinquenta e sete minutos, constatada a existência
de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. A seguir, foi aprovado Requerimento
verbal formulado por Paulo Brum, solicitando alteração na priorização da
matéria constante na Ordem do Dia da presente Sessão. Em Votação, foi aprovado
o Requerimento nº 018/15 (Processo nº 0564/15), após ser encaminhado à votação
por Paulo Brum, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Engº Comassetto, Paulinho
Motorista, Alberto Kopittke, Reginaldo Pujol e Professor Garcia. Após, foram
votados conjuntamente e aprovados Requerimentos de autoria de Marcelo Sgarbossa
e Airto Ferronato, solicitando o adiamento da discussão, por uma sessão,
respectivamente, do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 026/13 e do
Projeto de Lei do Executivo nº 027/13 (Processos nos 1278 e 2425/13,
respectivamente). A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria de Sofia
Cavedon, solicitando o adiamento da discussão, por duas sessões, do Projeto de
Lei do Legislativo nº 067/14 (Processo nº 0690/14). Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 014/15 (Processo nº 0519/15). Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 013/15 (Processo nº 0471/15), após ser encaminhado à votação
por Lourdes Sprenger e Reginaldo Pujol. Após, foi aprovado Requerimento verbal
formulado por Jussara Cony, solicitando alteração na ordem de apreciação da
matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado
o Projeto de Lei do Legislativo nº 110/14 (Processo nº 1113/14), após ser
discutido por Bernardino Vendruscolo. Na ocasião, foi apregoada a Emenda nº 02,
assinada por Bernardino Vendruscolo, ao Projeto de Lei do Legislativo nº
110/14. Foram aprovadas as Emendas nos 01 e 02 apostas ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 110/14. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº
110/14. Em Votação, foi aprovada a Indicação nº 052/14 (Processo nº 2413/14).
Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº
298/13 (Processo nº 2682/13), após ser discutido por Fernanda Melchionna, Kevin
Krieger, Airto Ferronato, Professor Garcia, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon,
Reginaldo Pujol e Alberto Kopittke. Na ocasião, foi apregoada a Emenda nº 01,
assinada por Airto Ferronato, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 298/13, e foi
aprovado Requerimento de autoria de Alberto Kopittke, solicitando a dispensa do
envio dessa Emenda à apreciação de Comissões Permanentes. Foi rejeitada a
Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 298/13, por treze votos
SIM e onze votos NÃO, em votação nominal solicitada por Reginaldo Pujol, tendo
votado Sim Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Cassio Trogildo, Engº Comassetto,
Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Mauro
Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon e
votado Não Delegado Cleiton, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo
Mendes Ribeiro, Professor Garcia e Reginaldo Pujol. Foi rejeitado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 298/13, por treze votos SIM e treze votos NÃO, em votação
nominal solicitada por João Bosco Vaz, tendo votado Sim Alberto Kopittke, Dinho
do Grêmio, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Fernanda Melchionna, Jussara Cony,
Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex
Fraga, Sofia Cavedon e Waldir Canal e votado Não Airto Ferronato, Cassio
Trogildo, Delegado Cleiton, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo
Mendes Ribeiro, Professor Garcia e Reginaldo Pujol. A seguir, foi realizada
homenagem à servidora Magali Castilhos, em face de sua aposentadoria. Ainda,
foi aprovado Requerimento verbal formulado por Dr. Thiago, solicitando a
alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em
Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº
140/09 (Processo nº 3211/09), após ser discutido por Reginaldo Pujol. Foi rejeitada
a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 140/09, por onze
votos SIM e treze votos NÃO, em votação nominal solicitada por Reginaldo Pujol,
tendo votado Sim Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Dinho do Grêmio, Dr.
Thiago, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa,
Paulo Brum, Prof. Alex Fraga e Sofia Cavedon e votado Não Airto Ferronato,
Delegado Cleiton, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, Kevin Krieger,
Márcio Bins Ely, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo Mendes
Ribeiro, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra. Foi
rejeitada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 140/09, por
nove votos SIM e quinze votos NÃO, em votação nominal solicitada por Professor
Garcia, tendo votado Sim Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Dinho do
Grêmio, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Prof.
Alex Fraga e Sofia Cavedon e votado Não Airto Ferronato, Delegado Cleiton,
Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, Kevin Krieger, Márcio Bins Ely, Mario
Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista,
Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra. Foi
rejeitada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 140/09, por
oito votos SIM e quinze votos NÃO, em votação nominal solicitada por Professor
Garcia, tendo votado Sim Alberto Kopittke, Dr. Thiago, Fernanda Melchionna,
Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Prof. Alex Fraga e Sofia
Cavedon e votado Não Airto Ferronato, Delegado Cleiton, Guilherme Socias
Villela, João Bosco Vaz, Kevin Krieger, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Professor
Garcia, Reginaldo Pujol, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Na oportunidade,
o Presidente registrou que a Emenda nº 04 aposta ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 140/09 estava prejudicada, em face da tramitação do Projeto de
Lei do Legislativo nº 201/13. Foi rejeitada a Emenda nº 05 aposta ao Projeto de
Lei do Legislativo nº 140/09, por seis votos SIM e dezesseis votos NÃO, em
votação nominal solicitada por Professor Garcia, tendo votado Sim Bernardino
Vendruscolo, Dr. Thiago, Jussara Cony, Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon e
Waldir Canal e votado Não Airto Ferronato, Alberto Kopittke, Elizandro Sabino,
Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz, Kevin Krieger,
Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Prof. Alex Fraga, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha
Negra. Foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 140/09, por doze votos
SIM e treze votos NÃO, em votação nominal solicitada por João Bosco Vaz, tendo
votado Sim Alberto Kopittke, Bernardino Vendruscolo, Delegado Cleiton, Dr.
Thiago, Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa,
Márcio Bins Ely, Prof. Alex Fraga, Sofia Cavedon e Waldir Canal e votado Não
Airto Ferronato, Elizandro Sabino, Guilherme Socias Villela, João Bosco Vaz,
Kevin Krieger, Mario Manfro, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro,
Paulo Brum, Professor Garcia, Reginaldo Pujol e Tarciso Flecha Negra. Após, foi
apregoado Requerimento de autoria de Dr. Thiago, solicitando a renovação de
votação do Projeto de Lei do Legislativo nº 140/09. Às dezessete
horas e trinta e três minutos, constatada a inexistência de quórum
deliberativo, em verificação solicitada por Marcelo Sgarbossa, o Presidente
declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 001/15, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 009,
010, 012, 013, 015, 033 e 034/15 e o Projeto de Resolução nº 031/14; em 2ª Sessão, o
Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 001/15,
o Projeto de Lei do Executivo nº 002/15 e os Projetos de Lei do
Legislativo nos 122/13, 289/14 e 025/15. Durante a Sessão,
Engº Comassetto, Reginaldo Pujol, Marcelo Sgarbossa e Dr. Thiago
manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foi registrada a presença,
neste Plenário, de Eliseu Sabino. Às dezessete horas e trinta e cinco minutos,
o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para a sessão
ordinária de amanhã, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos por Mauro Pinheiro e Jussara Cony e
secretariados por Paulo Brum. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Boa tarde a todos os presente; colegas Vereadores; cidadãos que nos
assistem pela TVCâmara, eu gostaria de fazer uma saudação no dia de hoje. Uma
saudação que vem junto com uma preocupação da minha parte: primeiramente, é
notório, que nós, do PSOL, sempre defendemos um transporte público de
qualidade, eficiente, trazendo para a população um bom serviço, ao qual ele se
destina. Ontem, o Diretor da EPTC, Vanderlei Cappellari, sinalizou que, se não
houver inscritos na próxima licitação, que a Carris poderá absorver as linhas
de transporte coletivo de Porto Alegre. Bom, aqui a minha saudação é para o
Diretor da EPTC. É uma bandeira nossa a estatização do serviço público, para
que ele seja prestado com qualidade; porém, a minha preocupação se reflete no
fato de que a nova licitação pretende desmembrar o transporte público de Porto
Alegre e colocá-lo à disposição em linhas, ou seja, os empresários não estarão
se cadastrando para operar toda uma região! As linhas mais rentáveis
notoriamente são aquelas, em geral, mais curtas e que apresentam um grande
translado de passageiros, como, por exemplo, a linha Menino Deus, na qual uma
viagem completa, do ponto de partida até o Centro de Porto Alegre, dura em
torno de 20 minutos. O que me preocupa bastante é o fato de os empresários
manifestarem interesse, único e exclusivo, para essas linhas, as mais
rentáveis, e deixarem só as linhas deficitárias para a Carris. Isso prejudica a
qualidade de trabalho da Carris, onera também esse serviço, o que não é
vantajoso para a cidade de Porto Alegre. Um conselho que eu dou de antemão é
que, se puder ser adicionada a essa nova licitação a operação de uma linha
rentável junto com uma linha deficitária, seria muito bom, muito pertinente, e
ótimo para o serviço público de qualidade. Esse seria o grande destaque que eu
trago, e essa notícia foi veiculada pela maioria dos veículos de comunicação da
Cidade; notícia nos jornais Correio do Povo, Jornal do Comércio, Diário Gaúcho,
Metro. Então, estamos de olho, Sr. Vanderlei Cappellari! Obviamente, nós temos
necessidade desse serviço de qualidade a um preço pagável pela população,
principalmente, a população de menor renda na cidade de Porto Alegre. Então,
está aí o registro dessa minha análise. Gostaria, realmente, que o transporte
público fosse realmente público e popular. Uma boa tarde a todos. Não vou me
alongar mais porque a pauta é bastante longa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo
falecimento do Sr. Enrique Morales. Infelizmente, ele faleceu no sábado, foi
fundador do PSOL, um lutador, socialista, que teve a vida marcada pela
militância e a dedicação em defesa dos trabalhadores da juventude. O nosso
Partido está de luto e agradece à Câmara pela cedência do Plenário Ana Terra
para o velório.
O SR. ENGº
COMASSETTO (Requerimento): Estendo, em nome do PT, o pedido. Foi uma
surpresa, não fiquei sabendo – meu amigo de Bagé, fundador do PT, inclusive,
depois fundador do PSOL. Sr. Presidente, solicito um minuto de silêncio pelo
falecimento do Sr. Zezéu Ribeiro, ex-Deputado Federal, arquiteto e um dos
grandes defensores da reforma urbana no Brasil. Obrigado.
A SRA. JUSSARA
CONY (Requerimento): Em nome do PCdoB me associo às duas solicitações,
iniciando pelo Enrique Morales, um grande militante da esquerda, da luta pela
redemocratização deste País.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Deferimos os pedidos.
(Faz-se um minuto de
silêncio.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras.
Vereadoras, Srs. Vereadores; cidadãos que acompanham o nosso trabalho aqui da tribuna;
aos amigos profissionais do turismo, os nossos cumprimentos; hoje, se Deus
quiser, enfrentaremos um projeto importante para regularização, não
trabalhista, mas da importância dos guias de turismo em Porto Alegre, senhoras
e senhores. Eu, hoje, Ver. Comassetto, prezados Vereadores, só vou lembrar que,
nos próximos dias, enfrentaremos o veto do Executivo ao nosso projeto que busca
preservar o patrimônio material e imaterial do Grêmio Gaúcho – não é o Grêmio
Foot-ball Porto Alegrense –, que tem 117 anos, pois ali tudo iniciou: a cultura
e as tradições gaúchas iniciaram ali, com o João Cezimbra Jacques. E não
esqueçam: não adianta, lá na frente, nós ficarmos imaginando que perdemos a
oportunidade de preservar algo tão importante para a nossa história, não só a
história aqui de Porto Alegre, mas do Rio Grande do Sul e do mundo, porque
gaúcho nós temos no mundo todo. E, quando eu falo em gaúcho, são os gaúchos que
cultuam as nossas tradições.
Eu quero aproveitar este momento, prezados
Vereadores, para fazer novamente um convite aos nobres Pares. Nós sabemos dos
problemas de assaltos que ocorrem no Brasil inteiro, das dificuldades que os
bancos têm para transportar valores, mas, me desculpem, eu não consigo aceitar
a ideia de que trabalhadores, é claro que os respeito, com armas de grosso
calibre, possam andar no meio da população, transportando valores. Gente,
pessoas armadas – ainda mais com armas de grosso calibre – transitando no meio
da população, junto com o povo nas ruas, nas calçadas, é constrangedor, é muito
perigoso. Então, nós precisamos encontrar, por isso faço um apelo, um projeto
coletivo para resolvermos essa questão. Todos sabemos que já aconteceram mortes
de pessoas inocentes.
Na mesma linha faço um outro convite: eu estou
fazendo um projeto de indicação porque é um assunto muito polêmico. Eu acho,
entendo que o Poder Executivo da Capital e do Estado são mais competentes para
enfrentar esse problema de modo conjunto e trazer, para esta Casa ou para a
Assembleia Legislativa, para que os Parlamentares possam debater. Trata-se do
seguinte: quantos que estão agora me assistindo têm noção e capacidade para
usar um extintor de incêndio? Quantos dos senhores, das senhoras têm capacidade
e sabem manusear o extintor de incêndio? E vejam que em momento de pavor, de
desespero, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, as pessoas se transformam. Se
não for alguém que está habitualmente acostumado ao uso de um extintor, ninguém
tem condições, num momento de pavor, de ficar lendo ali no extintor para que
serve esse ou aquele. E nessa linha estamos apresentando aqui uma indicação,
que não é um projeto de lei, é um projeto de indicação para que o Executivo
Municipal mande para esta Casa, ou o Governador mande para a Assembleia, um
projeto para nós discutirmos um único extintor que contemple as classes A, B e
C para facilitar o combate do início do incêndio, para pessoas que não têm
preparo de combate a incêndio, como é a maioria da população, possam usá-lo.
Obrigado, senhores.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra para
uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Boa tarde a todos e a todas. Usando este espaço de
oposição, queremos seguir num tema já trazido pelo Ver. Alex Fraga, falando em
Liderança do PSOL, um tema absolutamente importante para 1,4 milhão pessoas,
moradores da nossa Cidade. É um verdadeiro absurdo a ilegalidade com que
funciona o sistema de transporte coletivo na cidade de Porto Alegre, as
chantagens da ATP, e, ao mesmo tempo, o último pronunciamento, então, do
Diretor-Presidente da EPTC, o Cappellari, sobre a Carris encampar o sistema de
transporte em caso de não haver interessados.
Primeiro, Ver. Alex Fraga, a nossa pergunta é: por
que já não encampou? Já foram duas licitações desertas, declaradamente
boicotadas pelos empresários que funcionam como um cartel na cidade de Porto
Alegre. De maneira oligopolizada, Ver. Comassetto, comandando o boicote,
sistematicamente, à licitação que foi determinada pela Justiça, depois de uma
decisão corajosa e correta, republicana, do Dr. Canibal. O Dr. Canibal obrigou
a Prefeitura de Porto Alegre a fazer licitação sob pena de multa diária a
partir do descumprimento do processo licitatório. Isso tudo como processo de respostas
às manifestações de junho de 2013 e à luta política e jurídica que conseguiu a
redução da tarifa em 2013, numa combinação de mobilização e de ação
institucional que conquistou a redução da tarifa, mas que, sobretudo, empoderou
o movimento social não só em Porto Alegre, mas em todo Brasil. Nós acompanhamos
o processo da licitação, criticamos muitos dos artigos que estavam no processo
licitatório. A cláusula que colocava que qualquer recurso a mais do número de
passageiros pagantes, em média, seria incorporado pelos empresários era, de
fato, absurda. Hoje o sistema de transporte, além de funcionar como um cartel,
funciona, Ver. Paulinho Motorista, como um capitalismo sem riscos, porque, à
medida que o transporte perde qualidade, os empresários não investem, sucateiam
a frota, colocam a população esperando 40 minutos, massacram os rodoviários, os
trabalhadores, os motoristas, os cobradores. Com a perda de qualidade e a perda
de passageiros, o que eles fazem? Aumentam a tarifa, ao invés de melhorar a qualidade
do transporte.
O senhor sabe, existe o IPK – Índice de Passageiros
por Quilômetro –, e, à medida que a perda de passageiros em função da perda da
qualidade diminui, é tão sem riscos, tão capitalismo selvagem que eles repassam
para a tarifa! E a população paga o serviço ineficiente e a margem de lucro
absurda desses empresários! Pior, fizeram a licitação sem a garantia de
trabalho dos rodoviários, que nós estávamos defendendo. Nós não aceitaríamos e
não aceitaremos que licitação signifique demissão, perseguição das lideranças
que protagonizaram a maior greve da história dos rodoviários em 20 anos, no ano
passado, diante da intransigência da patronal e do Governo Municipal.
E, agora, mais uma vez, a Prefeitura joga para a
torcida. Ontem, mesmo, o Diretor-Presidente Cappellari falou que poderia
aumentar a tarifa em mais R$ 0,10 com a desoneração da folha de pagamento, em
junho deste ano, Vinicius! Os empresários que chantageavam, diziam: “Não vamos
colocar frota reserva, não vamos investir na qualidade...”. E a EPTC, que tinha
caneta para multar, para obrigar a cumprir a frota reserva, para reaver na
Justiça os milhões que eles ganharam de maneira desonesta, que aceitava a
chantagem barata, anunciou que vai aumentar em R$ 0,10! No mesmo dia eles
anunciaram que eles vão investir na frota e esse é o jogo de cena da EPTC,
porque querem fazer uma licitação rebaixada, entregando as melhores linhas para
as empresas e as linhas deficitárias para a Carris, para depois justificar a
privatização da nossa companhia pública. Não nos enganam! Já foram duas! Não
usaram a caneta para defender o povo; ao contrário, usaram para massacrar o
povo com o aumento abusivo de tarifa. É necessário lutar contra esse absurdo
nas ruas, na Câmara e em todos os espaços!
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR CECCHIM: Sr Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, hoje não vou falar sobre Lava Jato,
corrupção, nada disso; vou falar de dois assuntos que estão na pauta da cidade
de Porto Alegre, um deles é o Food Truck. Já alertei aqui
outras vezes, mas vi que vai ter uma feira desses caminhões de comida. Eu não
tenho nada contra os caminhões nem contra os seus empreendedores, só que quero
alertar a vigilância sanitária de Porto Alegre, que é uma das mais exigentes do
mundo em relação aos restaurantes que estão devidamente organizados. Eles acham
qualquer coisinha e multam; qualquer desvio e eles multam. Exigem talheres de
plástico; exigem temperatura ambiente; temperatura X para cada alimento –
exigem, exigem, exigem... Até acho que podem exigir. Agora eu quero ver a
posição da vigilância sanitária em relação a esses caminhões que vendem comida
em toda a Cidade, no sol, com poeira, com calor... Eu já vi um caminhão desses
fazendo sushi no sol! Imaginem só!
Então, eu quero ver a posição da vigilância sanitária. Quero que explique e
diga o que vai fazer com esses caminhões na rua para preservar a saúde da
população de Porto Alegre.
Agora, tem uma coisa, Ver. Paulo Brum, o senhor que
está conversando com o Ver. Brasinha, e eu não perguntei a opinião de nenhum
dos dois sobre este assunto, mas sei que vocês têm uma posição. Quero falar de
um setor ou de empresas importantes da Cidade, que muitas vezes eu critico: os
postos de gasolina. Quero destacar aqui uma grande distribuidora que há em
Porto Alegre, dona de postos de gasolina, a Rede Vip, do Ângelo, do Pedro, do
André, que começou com a gasolina a R$ 3,299 e, hoje, eu passei nos postos de
gasolina da Rede Vip, e há postos deles vendendo a R$ 3,07, R$ 3,011. Que
bonito exemplo! Adaptaram-se ao mercado, baixaram a gasolina e estão fazendo,
provavelmente, um grande faturamento em cima do bom trabalho. Essa empresa já
deixou os postos mais bonitos, mais enfeitados, no bom sentido, mais aprazíveis
para se chegar, e assim mesmo baixaram o preço da gasolina. Como é uma empresa
que está em toda a Cidade, os outros postos também estão baixando o preço. Nós,
que criticamos tantas vezes aqueles postos que abusam do preço, temos que
falar, aqui, daqueles que puxam o preço para baixo, ganhando o seu lucro em
cima da competência, em cima da gestão e não, em cima do preço. Então, para
deixar bem claro, eu queria fazer essa constatação no plenário, para que fique
registrada a atuação dos postos da Rede Vip, que baixaram os preços várias
vezes, e hoje vi que tem gasolina a R$ 3,07 o litro. Temos que falar e
ressaltar isso! Quando tem que reclamar, se reclama; quando tem que elogiar,
vou elogiar sempre aqueles empresários que optam por conseguirem seu lucro em
cima de uma boa gestão, em cima de competência. Por isso, eu quero
cumprimentar, aqui, essa grande empresa. Há outras que trabalham em outros
setores, mas, neste ramo dos postos de combustíveis, estão dando uma
demonstração de que é possível, sim, fazer um preço justo e não se locupletar,
porque são donos de mais de 20 postos e poderiam segurar os preços mais acima.
Estão fazendo por baixo, puxando o mercado para um preço justo. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, em nome da nossa Bancada do PCdoB – do Ver.
Maroni e desta Vereadora –, venho a esta tribuna para comemorar uma luta antiga
das mulheres, dos homens também e da sociedade, porque, às vésperas de mais um
8 de março, nós comemoramos a aprovação pela Câmara Federal do projeto de lei
do Senado que classifica – Ver.ª Lourdes, Ver.ª Fernanda, Ver.ª Sofia e Ver.ª
Séfora – o femicídio como crime hediondo e o inclui como homicídio qualificado.
Esse texto modifica o Código Penal para incluir o crime de assassinato de
mulher por razões de gênero entre os tipos de homicídio qualificado. Agora,
materialmente, o projeto vai à sanção presidencial, e eu não tenho dúvida de
que a Presidenta Dilma, histórica lutadora, feminista, da luta das mulheres, o
sancionará, com a presença, inclusive, de mulheres a sua volta, de mulheres do
Congresso Nacional, senadoras e deputadas, que tiveram um papel fundamental de
conquistar também muitos homens para a aprovação deste projeto. É importante,
porque a sociedade quer que os crimes sejam punidos, é a mesma sociedade que os
comete, mas há, nessa sociedade, o desejo de que esses crimes sejam punidos e
considerados hediondos, porque tinha que haver esse diferencial de ser
considerado crime hediondo. Hediondo numa sociedade em que ainda existe a
violência de gênero, a violência doméstica e familiar, a violência de um modo
geral, e numa sociedade ainda que tem em si o machismo, ou esse crime ficava
impune, ou as penas eram abrandadas com critérios, inclusive, de
passionalidade: “Ah, matou por paixão!” Isso nós sempre ouvimos, quem ama não
mata, quem ama cuida, quem ama preserva, quem ama tem respeito. Então não
existe a passionalidade num crime, felizmente, hoje, pela luta das mulheres
brasileiras e de muitos homens também, sendo considerado crime hediondo. Então,
com esses critérios, que são abomináveis, no meu entender – por passionalidade
eu matei –, as mulheres acabam sendo mortas, e o agressor e a própria sociedade
não se sentem intimidados, porque as penas eram abrandadas, a mulher, muitas
vezes, de vítima passava a ré. E isso nós vemos ainda em autos judiciários, em
laudos: a mulher, de vítima, passa a ré, porque a punição acaba sendo
abrandada. A morte de uma mulher por uma questão de gênero não é, ali, naquele
momento, “matou aquela mulher”; pelo contrário, é um crime continuado, porque
primeiro vem o abuso, a violência doméstica, a lesão corporal, têm
reincidências e, ao fim e ao cabo, há pesquisas que dizem que na terceira etapa
da reincidência, há morte da vítima. Então, é a mulher sofrendo o tempo inteiro
e acabando sendo morta. Creio que esse projeto é um projeto que devemos
comemorar, porque o projeto estabelece que existem razões de gênero quando o
crime envolver a violência doméstica e familiar ou menosprezo e discriminação
contra a condição da mulher. Esse projeto foi elaborado pela Comissão
Parlamentar Mista de Inquérito da Violência Contra a Mulher, então tem todo o
papel das senadoras, das deputadas, e o papel também da sociedade organizada. A
União Brasileira de Mulheres, várias vezes, foi fazer seus depoimentos da
sociedade organizada. Então, temos o que comemorar neste 8 de março, pois
femicídio passa a ser considerado crime hediondo. Inclusive, a justificativa do
projeto, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, destaca que os homicídios
das mulheres no Brasil...
(Som cortado automaticamente por limitação de
tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA. JUSSARA
CONY: ...mais de 40% das vítimas foram assassinadas dentro de suas casas. Além
disso, a Comissão afirmou que essa estatística colocou o Brasil na sétima
posição mundial de assassinato de mulheres. Por quê? Fruto da tranquilidade dos
agressores por não haver a punição devida. Comemoremos: femícídio passa a ser
considerado crime hediondo!
(Não revisado pela oradora.)
O SR. ENGº
COMASSETTO (Requerimento): Sr. Presidente, gostaria de trazer um tema aqui
para pedir providências a V. Exa., bem como convidar todos os colegas
Vereadores, principalmente os Vereadores da CUTHAB, para que possamos resolver
o problema. Qual é o problema? A Vila dos Ferroviários, na entrada da Cidade,
onde houve um projeto de reassentamento em que 98 famílias ganharam a
titulação, e, para outras 103 remanescentes ficou de ser desenvolvido um
projeto pela Prefeitura Municipal, através do DEMHAB. Para a surpresa de todos
nós - esse trabalho foi feito pela Câmara, há cinco anos -, existe uma ação de
reintegração de posse, amanhã de manhã, contra os ferroviários, e todos sabem
quem foram e quem são os ferroviários e suas famílias na história brasileira.
Quero pedir a V. Exa. para fazermos uma reunião na sala da presidência, com os
colegas, para podermos enfrentar isso, em nome da Casa, obviamente. Muito
obrigado.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Logo após o término da Sessão, recebo os
ferroviários, com a presença de todos os Vereadores que
desejarem participar.
O Ver. Engº
Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ENGº COMASSETTO: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu preparei uma fala aqui sobre o tema da
conjuntura nacional, mas eu quero dedicar o primeiro minuto a outro tema.
Acabamos de saber do conflito que as famílias dos ferroviários estão vivendo.
Para quem não sabe, ali na entrada da Cidade, próximo ao aeroporto e do viaduto
da A.J. Renner – falhou-me o nome do viaduto –, existe uma comunidade dos
ferroviários. São famílias históricas da Rede Ferroviária Federal que ali
permaneceram; era a Vila dos Ferroviários.
Esta Casa organizou
uma luta junto ao Governo Federal e, há cinco anos, aconteceu a concessão do
uso especial do solo para fins de moradia para 98 famílias. Ficaram outras 105
famílias no restante da área, que é área pública. O Governo Federal passou essa
área para o Município, para o DEMHAB fazer o reassentamento onde essas famílias
fariam suas casas. E, para nossa surpresa, recebo aqui os representantes da
comunidade dizendo que a Prefeitura está entrando com a reintegração de posse.
E, amanhã de manhã, haverá essa reintegração de posse. Então, em nome da
CUTHAB, eu quero convidar os colegas Vereadores, principalmente o Brasinha, o
Cassio e o Brum, para falarmos com o Diretor do DEMHAB e concertarmos esse
tema, que já é um compromisso de todos nós.
Segundo tema: eu
venho aqui em nome da nossa Bancada, do Partido dos Trabalhadores, para dizer
que talvez esse seja um fato inédito na história brasileira - e eu gostaria que
a câmera mostrasse aqui (Exibe documento.) que a revista Veja desta semana
publicou um pedido de desculpas à sociedade brasileira e ao ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (Lê): “Na segunda-feira, a revista Veja divulgou uma nota
pedindo desculpas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também aos
leitores, pela matéria do repórter Ulisses Campbell sobre a festa de
aniversário realizada para um suposto sobrinho do Lula em Brasília”. Então, aqui está (Exibe documento.) Eu quero dizer que isso é o transbordo da
revista Veja ao mentir nas suas matérias. Mas não são essas ainda as desculpas
que a Veja tem que pedir ao povo brasileiro, mas pela capa que ela publicou no
dia antes do segundo turno das eleições, que já foi definido: a Justiça
imediatamente mandou cassar aquela capa. Então, trago esse tema, porque nós
todos aqui fazemos política com honradez nesta Casa. Representamos os nossos
Partidos, temos divergências, debatemos as divergências, temos o contraditório,
mas nós precisamos que a imprensa brasileira faça jornalismo e deixe de fazer
política. Então, meus prezados colegas Vereadores e Vereadoras, aqui está um
exemplar da revista Veja, que publicou, novamente, uma notícia falsa contra o ex-Presidente
Lula, e que na edição desta semana, vem se retratar pedindo desculpas ao povo
brasileiro e ao ex-Presidente Lula. Volto a dizer aqui, e esse é um debate que
temos que fazer: a imprensa brasileira tem que fazer jornalismo, Ver.ª Mônica -
esse foi o tema que debatemos, na semana passada, lá na Bandeirantes -, e
deixar de fazer política. Política é para os partidos políticos. Se a imprensa
quiser fazer política, que transforme as suas emissoras em partidos políticos,
que aí terá todo o direito de fazer aquilo que é responsabilidade da população
brasileira e dos partidos políticos que, pela Constituição Federal, são
representados. Nós temos que valorizar os partidos. Portanto, colegas
Vereadores e Vereadoras, nada melhor do que um dia após o outro. Então, a
revista Veja faz uma primeira retratação, mas nós estamos aguardando a segunda,
que é aquela capa mentirosa que foi divulgada um dia antes do segundo turno das
eleições. Um grande abraço, muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 14h57min): Havendo quórum, passamos à
O SR. PAULO BRUM (Requerimento): Sr.
Presidente, após ouvido o Plenário, eu peço que V. Exa. que inclua na ordem de
priorização de votação da Ordem do Dia de hoje o Requerimento nº 018/15, de
minha autoria, que se refere à Moção de Solidariedade ao advogado Dilto Marques
Nunes, cadeirante, morador de São Francisco de Paula, porque, sem
acessibilidade ao Fórum, o juiz sugeriu a troca do advogado cadeirante. E isso
não pode ocorrer nos dias de hoje, Sr. Presidente. Por isso, eu peço, ouvidos
os Srs. Vereadores, a possibilidade de votarmos essa Moção de Solidariedade a
esse advogado que, pelas suas dificuldades, conseguiu ser advogado e agora não
pode exercer o seu trabalho, porque o Fórum de São Francisco de Paula não
possui acessibilidade, e o juiz sugere, então, a troca de advogado. Obrigado,
Sr. Presidente; obrigado, Srs. Vereadores.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Paulo Brum. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ.
Nº 018/15 – (Proc. nº 0564/15 – Ver. Paulo Brum) – requer Moção
de Solidariedade com o advogado Dilto Marques Nunes, usuário de cadeira de
rodas, pelas dificuldades que encontra para o exercício da sua profissão devido
a falta de acessibilidade no Fórum da cidade de São Francisco de Paula/RS.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento nº 018/15. (Pausa.) O Ver. Paulo Brum está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 018/15, como autor.
O SR. PAULO BRUM: Sr. Presidente,
Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, ao me deslocar até a tribuna, Sr.
Presidente, passou uma lembrança da minha história. Imaginem, as senhoras e os
senhores, que lá em 1995, quando eu assumi aqui como Vereador, a nossa Câmara
também não tinha acessibilidade. Nos dias de chuva, eu era carregado escada
acima, porque nós não tínhamos elevador. Imaginem se, naquela época, o
Presidente desta Casa mandasse substituir o Vereador, porque a Câmara não
oferecia condições de acessibilidade! É mais ou menos assim o que nós estamos
vendo no dia de hoje. Sem acessibilidade no Fórum, o juiz sugere troca do
advogado cadeirante. O caso aconteceu no Município de São Francisco de Paula.
Segundo o relato do próprio advogado, já é a segunda vez que ele perdeu suas
audiências porque o Fórum não oferece acessibilidade. E aqui eu relato aos
senhores para que fique registrado nos Anais desta Casa: um advogado cadeirante
que atua no Rio Grande do Sul vem enfrentando dificuldades de acessibilidade e
diz que sofre situações de preconceito no Fórum de São Francisco de Paula. Dilto Marques Nunes já perdeu duas audiências porque o
prédio não possui elevador e a estrutura necessária para deslocamento interno.
Ele afirma ainda – isso que é o mais grave – que o juiz, além de negar pedidos
para que os encontros fossem realizados no térreo, sugeriu que o seu cliente
trocasse de defensor por conta dos problemas de acessibilidade. O maior
problema, segundo relato do próprio
Dilto, é que ele está sentindo que está prejudicando a Justiça, pois, em vez de
uma peça essencial, ele passa a ser um obstáculo à aplicação da lei.
Srs. Vereadores, eu
poderia aqui citar diversas situações que nós enfrentávamos – e enfrentamos –
no dia a dia, as dificuldades de um cidadão na sua cadeira de rodas. Eu fico
pensando – porque eu passo por essas dificuldades – quanto tempo o Sr. Dilto
enfrentou com chuva, dificuldade de transporte, dificuldade de saúde para
adentrar a uma faculdade. Quantos anos sofrendo para se formar para, agora, ao
exercer a sua atividade como advogado, ser tolhido de exercer o seu trabalho,
porque num Fórum, que tem que cumprir a lei, o Judiciário lhe nega o direito de
trabalhar e construir a sua história.
Portanto, Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu apresento humildemente essa
manifestação a esta Casa: que nós aprovemos uma Moção de Solidariedade a esse
herói, o advogado Dilto Marques Nunes por sua postura de defender não só os
seus direitos, mas os direitos de todos aqueles que necessitam da justiça.
Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª
Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 018/15.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Eu quero,
Presidente, neste tempo de encaminhamento pelo PSOL, em meu nome e em nome do
Ver. Prof. Alex Fraga, cumprimentar a iniciativa, Ver. Paulo Brum, de votar
esta Moção na tarde de hoje. Gostaria de cumprimentá-lo por pedir a antecipação
da votação e, ao mesmo tempo, por ter feito uma Moção rápida diante de um
quadro grave de injustiça. Na verdade, é muito mais do que injustiça, é uma
discriminação, é um preconceito, é uma vergonha que, em pleno 2015, tenha
passado pela cabeça de alguém que o problema é do advogado e não do Fórum que
não tem capacidade de ser acessível. Porque, assim como o Sr. Dilto é portador
de uma limitação locomotora e é cadeirante, milhares de brasileiros também são.
Então, eles não poderão recorrer à Justiça por serem cadeirantes? Não poderão
adentrar em prédios públicos para exercerem a advocacia, como no caso deste
advogado, ou para serem defendidos e fazerem valer os seus direitos constitucionais
em função da falta de investimento, da falta de estrutura, da falta de
acessibilidade desses órgãos? Isso é inaceitável! Inaceitável que, diante de
todas as dificuldades da vida, como o senhor falou, de conseguir se formar, de
batalhar diante de todas as dificuldades para conquistar o seu diploma, não
possam exercer a sua profissão. E ainda ouvir de dirigentes que deveriam trocar
o advogado e não trocar a estrutura do Fórum daquela cidade. Nós não podemos
silenciar diante da injustiça, diante do preconceito. E muitas vezes nós
conseguimos aprovar moções, aqui nesta Câmara, repudiando, Ver. Alex Fraga,
atitudes discriminatórias. Foi o caso da Moção da última segunda-feira,
repudiando o Bolsonaro diante da violência e do estímulo, do incentivo aos
crimes contra as mulheres, estimulando os estupros. Um Deputado
que deveria ser cassado, na minha opinião. Tem que ter muita mobilização para
conseguir garantir que uma pessoa que promove o ódio contra as mulheres não
esteja no Parlamento. Foi assim quando nós nos pronunciamos contra o Marco
Feliciano, por incitar o racismo, o machismo e a homofobia; foi assim quando a
Câmara se posicionou sobre vários temas. Nesse mesmo bojo, nós achamos muito
importante a sua moção. A sua Moção é um recado contra a intolerância e contra
a discriminação. Esta Moção é um recado para que de fato comece a se ver os
responsáveis para que as cidades não sejam acessíveis, para que os prédios
públicos sejam acessíveis – e muitos prédios públicos ainda não são acessíveis
– e para que se comece a constituir e a garantir recursos para tornar
acessíveis os prédios e acessíveis os documentos. Eu insisto com o caso da
literatura em braille nas bibliotecas públicas; insisto na utilização de softwares que permitam a leitura em
vários suportes e que, infelizmente, não estão nas nossas bibliotecas por falta
de investimento; insisto na necessidade da reformulação, na colocação de rampas
em espaços e prédios que são de uso corriqueiro da população de Porto Alegre;
insisto com o tema das calçadas. As calçadas em Porto Alegre ainda são uma
vergonha, e colocam em dificuldade as pessoas com necessidades locomotoras, os
idosos, as crianças. Insisto que são necessárias iniciativas como esta, e
nenhum de nós pode silenciar diante da discriminação. Esta Moção terá,
obviamente, o nosso voto favorável, e temos a certeza de que será votada por
unanimidade.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Jussara Cony está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 018/15.
A SRA. JUSSARA
CONY: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, de uma forma muito
especial, Ver. Paulo Brum, eu quero lhe dizer que tenho tido a honra em alguns
momentos de militar e exercer mandato junto com Vossa Excelência. Encontramos-nos,
novamente, aqui nesta Legislatura. Já fomos deputados juntos, fui sua
vice-presidente na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, e sempre o tenho como um
exemplo, com muito respeito, de um homem que enfrentando todas as dificuldades
galgou profissões, galgou postos. Esta sua Moção é muito importante.
Eu acabei de vir a esta tribuna em nome da
Liderança do meu Partido, Vereador, para comemorar, às vésperas do 8 de março,
que o femicídio foi considerado crime hediondo. Agora, V. Exa. traz uma Moção
de Solidariedade, dentro da maneira do seu mandato, da maneira de agir – tem
que ser isso, e vamos aprovar por unanimidade – ao advogado Dilto Marques
Nunes. Eu diria que acrescentaria aqui, por minha conta própria, um repúdio ao
juiz que fez isso, porque nós acabamos de comemorar uma vitória da humanidade,
e temos aqui um retrocesso nas lutas históricas da humanidade. É preconceito, é
discriminação, é intolerância, contraria as leis brasileiras, aliás, um juiz
contraria a própria Constituição Federal, que prevê direitos iguais, condições
iguais, tratamento igualitário a todos os brasileiros e brasileiras. Não é
porque temos algumas diferenças – algumas naturais, outras por processos
biológicos ou mesmo por acidentes – que vamos tolerar que essas pessoas sejam
discriminadas. E mais, Ver. Paulo Brum, é cerceamento do exercício da profissão
de advogado. Como é que um juiz se contrapõe às leis do seu País, aos direitos
humanos e ao cerceamento da profissão de um advogado porque ele é um cadeirante
e não tem acesso ao Fórum. O que ele tem que fazer é destinar verbas para que a
acessibilidade – até porque isso também é lei – seja garantida não só ao
advogado, mas aos clientes, às pessoas que têm dificuldades de acesso, porque
isso é um dever, ainda mais de um serviço público, ainda mais de um Judiciário.
Eu digo que fere os direitos humanos, e trago aqui um exemplo: isso é um
cerceamento aos ganhos da humanidade, ainda mais que nós temos hoje, no mundo,
o Físico Stephen Hawking, considerado hoje o maior cérebro da humanidade, que é
um cadeirante e tem as suas funções vitais praticamente impedidas. Então, é um
cerceamento, é um ataque aos direitos humanos. Quando o Ver. Paulo Brum veio
para esta Casa não havia acesso; foi feito o acesso. Porque senão seria dizer:
“O senhor não serve como Vereador, o senhor é um cadeirante, o senhor não
assume e entra outro Vereador, o seu suplente”. Eu diria a mesma coisa, como
farmacêutica: eu não poderia trabalhar nem em análises clínicas, se não
houvesse acesso, ou qualquer outra farmacêutica – temos, inclusive, expoentes
farmacêuticos que são cadeirantes, colegas de turma –, porque a bancada não
serviria para nós, ela é mais alta, seja num laboratório de análises clínicas,
seja numa indústria de medicamentos.
Então, eu cito e finalizo o apoio a esta Moção, o
apoio ao advogado Dilto Marques Nunes. Esta Moção de Solidariedade trazida pelo
Ver. Paulo Brum é importante para nós firmarmos aqui, em unanimidade, o nosso
compromisso e o nosso posicionamento contra toda a forma de opressão, de discriminação
e, no caso, de cerceamento do exercício profissional; isso vai contra a
Constituição e vai contra os Direitos Humanos. Parabéns, Ver. Paulo Brum, por
esta Moção de Solidariedade a uma agressão terrível, mas é isso, a sua função
também é de mostrar e dar visibilidade. E esta Câmara, também, apoiando a sua
Moção de Solidariedade contra essa discriminação.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 018/15.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Sr. Presidente, meus colegas Vereadores e Vereadoras, venho aqui, em
nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, para trazer o total apoio à Moção
do colega Ver. Paulo Brum, que exerce a sua função aqui, nesta Casa, com
direito à acessibilidade a todos os espaços desta Casa, porque, para quem não
sabe, o Ver. Paulo Brum é cadeirante. Ele traz aqui esta Moção de Solidariedade
ao advogado Dilto Marques, lá de São Francisco de Paula, nossa querida cidade
turística aqui da Serra, que não teve acesso ao prédio do Fórum para prestar o
direito legítimo de exercer a sua profissão, como cadeirante. Esse juiz tem que
obedecer às leis. Para quem não sabe, e para este juiz que não sabe, existe a
Lei Federal nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais
e critérios básicos para a promoção da acessibilidade às pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências. Essa mesma Lei
foi regulamentada pelo Decreto nº 5.296, em 2 de dezembro de 2004. E esse
Decreto, que na época foi assinado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, determina que em todos os prédios públicos do Brasil - em todos os
espaços públicos do Brasil –, sejam físicos, de arquitetura, de engenharia,
sejam praças, ruas, tenham acessibilidade universal. É lei nacional, o Estado
já regulamentou, os Municípios têm que regulamentar, e um juiz adota uma
atitude dessa, arbitrária, equivocada, discriminatória, contra uma pessoa
portadora de deficiência. Esse debate, neste momento, está acontecendo em todo
o Brasil. A xenofobia está tomando conta dos espaços, das posturas e de quem
detém o poder de conduzir e garantir a lei. Na verdade, esta Moção de
Solidariedade, Paulinho, teria que ser uma moção de repúdio a esse juiz. Numa
semana, nós estamos vendo um juiz que apreendeu um carro e anda com o carro! Na
outra semana, o juiz que não dá direito a um advogado ter acessibilidade,
contrariando a própria lei, e ele tem que ser o guardião da lei. Então eu faço
aqui essa minha fala mais enfática porque é um absurdo estar acontecendo isso!
Estão se invertendo os papéis: aqueles que têm que proteger a lei estão
descumprindo a lei; aqueles que têm que aplicar a lei estão descumprindo a lei!
Quero dizer aqui que o nosso Partido traz todo o apoio à sua Moção, mas creio
que temos que fazer uma moção de repúdio a esse juiz.
Eu concluo dizendo que esta Câmara também tem que
fazer um outro documento para mandar para a Ajuris e para a OAB, pedindo que
esse juiz, no mínimo, se retrate diante da sociedade brasileira, porque essa
atitude não é digna de um magistrado que deve estar lá para cumprir a lei!
Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(A Ver.ª Jussara Cony assume a presidência dos
trabalhos.)
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 018/15.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Boa tarde, Sra. Presidente; demais Vereadores; pessoal que nos assiste
através da TVCâmara; pessoal das galerias e pessoal da nossa Casa, o Ver. Paulo
Brum era meu Presidente logo que comecei a cumprir meu mandato trabalhando na
COSMAM – eu me orgulho muito dele. Falo em nome do meu Partido, o PSB – em meu
nome e em nome do Ver. Airto Ferronato –, que, com certeza, pode contar com o nosso
voto para esta Moção que o senhor acabou de colocar.
Eu assisti a
essa reportagem em que o nosso Dr. Dilto, de quem a gente se orgulha bastante –
ele é advogado cadeirante –, estava triste, relatando que foi a duas audiências
e não conseguiu fazer o seu trabalho para defender o seu cliente. Ele sugeriu
que a audiência fosse feita no andar térreo, pois ele conseguiria entrar, Ver.
Paulo Brum. Mas mesmo assim foi sugerido ao seu cliente que trocasse de
advogado.
Bom, eu
trabalhei como motorista de ônibus, e, naquela época, Ver. Paulo Brum, não
tinham muitos carros para cadeirantes como existem hoje no transporte coletivo,
e tem de ter cada vez mais, em quase todos, no sentido de que o cadeirante da
nossa população não pode ficar esperando duas ou três horas para que passe um
carro em que ele possa subir. Na nossa época, há tempos – eu trabalhei muitos
anos –, não existia carro para cadeirante; quando o cadeirante estava na
parada, eu e o cobrador descíamos, colocávamos o cadeirante com todo o carinho,
graças a Deus, no seu banco, a sua cadeira em local que não atrapalhasse, para
ele seguir a viagem. O cara que não é cadeirante pensa “eu estou tranquilo,
estou legal”. Todos somos iguais e todos temos o mesmo direito, como acabou de
falar, agora há pouco, o Ver. Engº Comassetto.
As leis não
são cumpridas, ou são cumpridas de formas diferentes. Geralmente, cai no mais
pobre, no camarada que precisa de um incentivo, que procura a Justiça para
correr atrás dos seus direitos... Quer dizer que agora está trancado o nosso
Dr. Dilto, Ver. Paulo Brum, e o seu cliente! Estão os dois. Claro que o cara
não quer trocar o advogado dele; não é assim, pegar um advogado hoje, outro
amanhã, um depois de amanhã. Ele tem o advogado dele, o Dr. Dilto, que vai
defendê-lo e, com certeza, quem vai ter de dar jeito é o Fórum, de ter a
sensibilidade para que o nosso advogado consiga subir até lá ou faça a
audiência lá embaixo, no térreo! Isso não foi pensado, não foi conversado,
simplesmente, falou para o cliente trocar de advogado. A gente não pode admitir
isso, estamos aqui para trabalhar nesse sentido.
Quero dizer, Ver. Paulo Brum, em nome da nossa
Bancada do PSB, eu e o Ver. Airto Ferronato, iremos votar com o senhor. Assisti
a essa reportagem, e tenho muito orgulho de ter o senhor aqui, cadeirante,
Vereador de experiência enorme. Com certeza, votaremos igual, tanto eu quanto o
Ver. Airto Ferronato, para que os cadeirantes possam, cada vez ter mais
acessibilidade, ter mais os seus direitos, porque aqui não tem branco, não tem
preto, não tem amarelo, não tem cadeirante. O ser humano está se dividindo,
cada um tem direitos diferentes, porque é assim, porque é assado, porque é
doutor, porque é engravatado... Não existe isso. O direito é para todos. Um
abraço.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
encaminhar o Requerimento nº 018/15, pela oposição.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Sra. Presidente, Srs. Vereadores e Sras. Vereadoras, saúdo a Ver.ª
Jussara Cony, que nos honra presidindo a Casa no momento. Venho agora da
Assembleia Legislativa, onde ocorria a Sessão Solene em homenagem ao Dia
Internacional de Luta das Mulheres.
Venho uma fazer uma saudação e uma moção de apoio à iniciativa do Ver. Paulo Brum. Efetivamente, o assunto que ele nos trouxe nos choca. É chocante que, em pleno século XXI, como gostamos de dizer, ainda se veja um membro do Poder Judiciário, pelo menos no imaginário, uma pessoa de elevados estudos – e que por esses elevados estudos teria uma compreensão mais ampla, mais aberta da humanidade, da sociedade –, proferir uma barbaridade como proferiu contra o colega advogado.
Nós precisamos aproveitar este tipo de pauta que
fala se deveremos ser uma sociedade tolerante com a diferença ou não.
Durante milênios, povos se desfaziam dos bebês que
tinham algum tipo de defeito físico e matavam as pessoas que tinham outras
orientações sexuais, matavam os que escolhiam professar outra religião –
sociedades intolerantes, e que, há não mais de 60 anos, na Alemanha, a nação
mais desenvolvida intelectualmente, da grande filosofia, da grande cultura da
humanidade ocidental, da música, da literatura, redundou no mais macabro dos
regimes, em que o Estado Alemão, através do nazismo, se tornou uma máquina de
extermínio das diferenças. Esse era o projeto ariano: exterminar com qualquer
defeito da humanidade – físico, sexual, religioso – e criar a super-raça!
Eu não posso deixar de falar, com tristeza, sobre o
que acontece hoje no Brasil. Exatamente no dia de hoje, neste momento, o Dep.
Jean Wyllys está sendo retirado, Ver.ª Fernanda Melchionna, Ver. Prof. Alex
Fraga, da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal, porque ontem
denunciou a formação de um exército fascista dentro de uma igreja muito grande
do nosso País. Com imagens que assustaram todos nós; imagens chocantes, que se
tirarmos o som e o ambiente, alguns pensarão que é lá do Estado Islâmico – que
hoje circula nos meios de comunicação como o grande grupo fanático do mundo, e
efetivamente o é, e provoca barbáries. Mas não é! É dentro das igrejas, aqui em
Porto Alegre e em todo o Brasil, em toda a América Latina, da Igreja Universal!
Isso nos preocupa.
Eu aguardo, com ansiedade, que os senhores
representantes nos expliquem, efetivamente, do que se trata aquilo. É um
exército de homens com cabelo raspado, uniforme verde oliva e coturnos
marchando em nome de Deus e contra aqueles que não têm isso como verdade. Essa
é, exatamente, a essência do nazismo. Que é exterminar as diferenças. Hoje, o
Dep. Jean Wyllys é retirado da Comissão de Direitos Humanos por ser gay, porque é diferente daquilo que
essas pessoas acreditam ser a verdade religiosa.
É um momento muito delicado, e o projeto de V.
Exa., no assunto específico e também de forma mais ampla, tem muito mérito,
toca-nos, tem o nosso apoio e esperamos que sirva a todos para uma reflexão
profunda sobre esse triste momento que o nosso País começa a viver! Muito
obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 018/15.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sra. Presidente e Srs. Vereadores, os
pronunciamentos anteriores são suficientemente eloquentes para transformar
quase que em desnecessária a nossa manifestação – minha e do Ver. Dinho, em
nome, obviamente, da bancada do Democratas –, mas a Moção de Solidariedade do
nosso querido Paulo Brum é suficientemente capaz de nos introduzir no contexto
em que o nosso colega, Ver. Paulo, Dilto Marques Nunes se viu envolvido no
Município de São Francisco de Paula. Evidentemente isso não está explícito, mas
quando aprovamos essa Moção de Solidariedade, eu conversava com o Ver. Dinho, e
formamos convicção nesse sentido, quando aprovarmos isso não só estaremos sendo
solidários com o profissional cadeirante que se viu obstado de exercer a
profissão da forma com que gostaria de fazê-lo, não só estamos sendo solidários
com ele como também é um desagravo a ele e, consequentemente, um agravo ao
magistrado que não teve a sensibilidade de entender uma realidade que está, não
só plasmada na lei, mas que pertence ao universo do bom senso e da
solidariedade neste País. Por isso, insisto em vir à tribuna para deixar bem
claro que a nossa solidariedade ao Ver. Paulo Brum e, consequentemente, ao
advogado Marques Nunes é muito mais ampla, vai além do que está escrito aqui, é
um brado contra a insensibilidade das pessoas. Por um simples gesto, nada
impedia que o magistrado saísse do seu gabinete, saísse da sala e improvisasse
um lugar para fazer essa audiência, seria a coisa mais simples do mundo;
qualquer pessoa de bom senso agiria dessa forma. Não sei seu nome, não sei quem
é, nem sei por que razões, pouco me importa quais foram as razões, nenhuma
delas há de se sobrepor à ausência de bom senso da parte do magistrado que não
teve a sensibilidade de reconhecer que alguém, um cadeirante, fazendo um
esforço extraordinário, se transformou em advogado, estava exercendo dignamente
a sua profissão, e de uma hora para outra era obstado de praticar um ato
inerente ao patrocínio do seu cliente, que era representá-lo ou acompanhá-lo na
audiência judicial que ali se realizava. Por isso, Sr. Presidente, venho aqui,
em nome do nosso Partido, o Democratas, em nome do Ver. Dinho do Grêmio, em
nome próprio, para trazer a mais ampla solidariedade ao Ver. Paulo Brum, que é
um legendário na luta pelos cadeirantes. Olha que conheço o Ver. Paulo Brum
desde o final do mês de fevereiro de 1994, quando nós dois assumimos o mandato
de Vereador, eu retornando de um período e ele, pela primeira vez, assumindo o
mandato, e desde aquela ocasião, Vereadora, nós dois, tanto eu como a senhora,
assistimos, na Assembleia, o prosseguimento desta luta, e sabemos o quanto o
Ver. Paulo Brum tem lutado, o quanto ele tem conquistado e o quanto ele tem avançado,
mas ainda tem alguns obstáculos, e não há obstáculo maior do que a falta de
acessibilidade e de bom senso de parte do magistrado, que dá esse péssimo
exemplo de deixar de contribuir para que a solidariedade não fosse um discurso
aqui da Câmara de Vereadores, e sim o ato dele como profissional, que distribui
justiça, e que, no caso, sofreu uma grave injustiça. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
encaminhar a votação do Requerimento nº 018/15.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Sra. Presidente, Ver.ª Jussara Cony; Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, quero, primeiramente, agradecer ao Ver. Idenir
Cecchim por nos ceder o espaço da Liderança do PMDB para que eu possa
encaminhar em nome do Partido. Quero, primeiramente, dizer que o Ver. Paulo
Brum é, sem dúvida nenhuma, o maior defensor aqui desta Casa. Lembro que no ano
passado esta Casa ganhou o selo de acessibilidade, e tive a oportunidade de
dizer que grande parte deste selo deveu-se ao trabalho do Ver. Paulo Brum, com
a acessibilidade que temos neste plenário e em outros locais. Ainda falta – e
este ano eu sei que o Ver. Mauro Pinheiro vai terminar –, a questão da
sinalização para os deficientes visuais.
Eu sou um dos Vereadores que não vota moção de
repúdio; V. Exa. poderia fazer uma moção de repúdio ao juiz – e aqui nem vou
citá-lo -, mas fez, de forma propositiva, uma moção de solidariedade ao
advogado cadeirante. Então, entendo que isso é uma forma inteligente.
Mas o que mais me surpreende é que nós estamos em
pleno séc. XXI, e existe toda uma legislação pertinente à questão dos
deficientes em suas diversas multiplicidades de deficiência, e esse juiz, de
forma simplista, talvez – e vou usar um termo forte –, na sua prepotência,
resolva dizer que é mais fácil retirar o advogado do que ficar com ele. Ora, na
realidade, nós sabemos que nessa questão da acessibilidade não se pode mudar as
estruturas existentes no País de uma hora para outra. Mas hoje sabemos que
todas as construções novas têm que ter acessibilidade. Eu mesmo, como Vereador,
numa determinada época, propus uma lei – que vigora em Porto Alegre – com
relação às salas de cinema para os cadeirantes. E não saiu da minha cabeça. A
minha filha foi a um espetáculo em um cinema, chegou um cadeirante e não tinha
lugar para ele. Queriam carregá-lo no colo de uma hora para outra - parou tudo
antes do filme para ver essa situação. É uma situação que, primeiro, gera um
constrangimento a quem vai assistir ao espetáculo, não é nada civilizatório.
Então, entendemos, na oportunidade, que tínhamos que fazer uma lei. E eu
confesso que para aprovar a lei foi fácil, mas a implantação levou quase um
ano, porque não era simplesmente colocar um lugar para cadeirante no cinema -
isso era fácil. Nós descobrimos que naquela oportunidade – já faz quase dez
anos – as salas de cinema não tinham lugar para entrar uma cadeira de rodas,
não tinham rampas; os sanitários não eram adaptados. Esses locais tiveram que
ser adaptados. Simples? Não, é uma luta que demonstra a realidade.
E há uma previsão que até 2020 o nosso País tenha 25% da população com mais de 60 anos. Não é que acima de 60 anos sejam cadeirantes, mas começam a ter limitações e são, sim, portadores de deficiência, que precisam, ao tomar banho, um lugar para segurar. São pequenas ações que estão mudando a cultura deste País. Então, nós vimos um juiz totalmente na contramão. Ver. Paulo Brum, quero parabenizá-lo pela oportunidade de trazer a discussão a esta Casa; pela forma inteligente de propor uma Moção de Solidariedade. E tenho a certeza de que esta Moção vai ser aprovada por unanimidade por todos os seus Pares, porque, na realidade, precisamos de ações propositivas e mais civilizatórias. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): Em votação o
Requerimento nº 018/15. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADO
por unanimidade.
Em discussão o PLCL nº 026/13. (Pausa.)
O SR.
MARCELO SGARBOSSA (Requerimento): Sra. Presidente, requeiro o adiamento da discussão do PLCL nº 026/13 por
uma Sessão.
O SR.
AIRTO FERRONATO (Requerimento): Sra. Presidente, requeiro o adiamento da discussão do PLE nº 027/13 por
uma Sessão.
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): Em votação o bloco composto pelos Requerimentos dos Vereadores Marcelo
Sgarbossa e Airto Ferronato. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.)
APROVADO.
A SRA.
SOFIA CAVEDON (Requerimento): Sra. Presidente, requeiro o adiamento da discussão
do PLL n° 067/14 por duas Sessões.
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): Em votação o Requerimento de autoria da Ver.ª
Sofia Cavedon. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO por
unanimidade.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 014/15 – (Proc. nº 0519/15 – Mesa
Diretora) – requer a
realização de Sessão Solene no dia 24 de março, às 19h, destinada a assinalar o
transcurso dos 80 anos de fundação da Associação Riograndense de Imprensa
(ARI).
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): Em votação o Requerimento nº 014/15. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 013/15 – (Proc. nº 0471/15 – Verª
Lourdes Sprenger) – requer seja o período de Comunicações do dia 23 de
março destinado a assinalar o transcurso do aniversário de fundação do Partido
do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB.
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): Em votação o Requerimento nº 013/15. (Pausa.) A
Ver.ª Lourdes Sprenger está com a palavra para encaminhar a votação do
Requerimento nº 013/15.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras, o objetivo da nossa
Bancada é, mais uma vez, assegurar as manifestações em torno do nosso Partido,
que, na minha juventude, nós integrávamos o velho MDB. É mais um aniversário e,
como é praxe, se comemoram os aniversários partidários nesta Casa. Hoje nós
estaremos organizando as nossas manifestações com um Vereador novo na nossa
bancada, o Ver. Pablo Mendes, e, certamente, teremos aqui as Lideranças para
visitar esta Casa e receber esta homenagem. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para
encaminhar o Requerimento nº 013/15.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sra. Presidente, Srs. Vereadores, Sras. Vereadoras,
por oportuno esclareço que solicitei informação à Mesa Diretora a respeito
desse dia, meu caro Líder do PMDB, Ver. Idenir Cecchim, porque nós passamos, a
partir de hoje, a ter uma situação muito especial aqui na Casa: nas segundas e
quartas-feiras, vamos estar envolvidos com votação de vetos. Então, para uma
homenagem adequada, não sei se este período seria o mais indicado. Afora isso,
com a maior tranquilidade do mundo, quero dizer que, nesse dia em que fundaram
o PMDB, eu estava me inscrevendo noutro Partido, no PDS. Não sei se essa homenagem é ao PMDB, mas não é ao
velho MDB. O PMDB é a transformação do velho MDB no PMDB em função de isenções
legais que surgiram aí. Quando, então, surgiu o PMDB, surgiu o PDS, o Partido
Democrático Social, de cuja formação eu fiz parte. Eu não tenho a menor dúvida
em afirmar que a homenagem que os integrantes do PMDB querem fazer à fundação
de seu Partido se justifica, na medida em que o PMDB foi importantíssimo para a
redemocratização deste País. Acho que mais importante do que o PMDB só o
Partido da Frente Liberal, sem o qual o PMDB não teria conseguido dar o último
lance da redemocratização, que foi a eleição do Tancredo Neves naquele momento
histórico para o Brasil: lá no Colégio Eleitoral, a vitória do Tancredo, com o
Sarney de Vice-Presidente, e tudo o que aconteceu depois disso, a história nós
conhecemos.
Para não deixar a menor dúvida, eu tive a cautela de ouvir o Ver. Dinho do Grêmio, que mostrou absoluta sintonia com esse ponto de vista. É justo, é legítimo que o PMDB promova aqui na Casa o festejo do seu aniversário. Nós, evidentemente, estaremos aqui para ouvir, provavelmente para aplaudir e para prestigiar esse acontecimento histórico, que, por iniciativa da Ver.ª Lourdes e do nosso novo colega, Ver. Mendes Ribeiro, começa a ocorrer a partir da decisão da Casa. Muito obrigado, Sra. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): Em votação o Requerimento nº 013/15. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
Em discussão o PLL nº 140/09. (Pausa.) O Ver. Dr.
Thiago, neste momento, não está presente. Se os Vereadores assim entenderem,
solicito a alteração da ordem da priorização de votação, colocando a apreciação
do PLL nº 140/09, de autoria do Ver. Dr. Thiago, para mais tarde ou, se o autor
não estiver presente, para a próxima Sessão.
Em votação o Requerimento de autoria da Mesa.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC. Nº 1113/14 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO Nº 110/14,
de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que obriga a presença de guia de
turismo em excursões de turismo que se originem no Município de Porto Alegre ou
que a esse se destinem, bem com em passeios turísticos realizados em seu
âmbito, e dá outras providências. Com
Emenda nº 01.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da
LOM, em 02-03-15.
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): Em discussão o PLL nº 110/14. (Pausa.)
Apregoo a Emenda nº 02, de autoria do Ver.
Bernardino Vendruscolo, ao PLL nº 110/14.
O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra
para discutir o PLL nº 110/14.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, Ver.ª Jussara Cony; Sras. Vereadoras e
Srs. Vereadores, acredito que os demais Pares já estejam cientes da importância
e da abrangência deste projeto, em razão de que os profissionais do segmento já
conversaram com os demais parlamentares sobre a sua importância, mas, para que
as pessoas que estão nos assistindo saibam o que está ocorrendo aqui em Porto
Alegre e ao que visa este projeto, esclareço que ele tem o objetivo de fazer
com que as empresas que trabalham com turismo, os grupos que visitam Porto
Alegre, enfim, independente de serem daqui ou não, quando em visitação, quando
estiverem fazendo o seu trabalho de excursão interna no Município, tenham no
seu grupo um guia de turismo preparado, credenciado com esse segmento do
turismo. Nós todos sabemos a importância, quando se viaja, de um guia de
turismo para explicar os pontos turísticos na cidade. O guia é um profissional
habilitado. Com este projeto queremos regrar para que esses profissionais
tenham uma ligação com as empresas, e que essas também tenham essa preocupação,
sob pena de ter uma ação mais enérgica do Executivo. Aqui nós poderíamos citar
que é muito comum nós encontrarmos, na entrada do Município, principalmente em
períodos de festa, no verão, nas visitações, pessoas levantando a mão, se
credenciando para acompanhar os visitantes. Então esse profissional vai ser um
profissional treinado, preparado e registrado neste órgão que trata deste
segmento profissional. Tudo dentro do que o próprio Governo Federal e o Governo
do Estado orientam, que é o incentivo ao turismo, contratando pessoas com
qualificação. O que esses profissionais, que estão aqui hoje nos acompanhando,
trouxeram para que nós pudéssemos avaliar? Eles dizem: “Bernardino, não é
justo. A gente faz curso, a gente se prepara, nós viajamos, participamos de
convenções, nos preparamos para isso, e, às vezes, somos surrupiados no nosso
trabalho por pessoas despreparadas. É até um tanto desaconselhável autorizar
essas pessoas a acompanhar essas excursões”.
Então não é uma reserva de mercado, evidentemente;
é o incentivo à qualificação dos senhores. Também queremos cumprimentá-los por
terem procurado esta Casa. Tenho certeza de que este é o início da qualificação
desta profissão tão importante que os senhores e as senhoras desenvolvem aqui
na Capital. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 110/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA por unanimidade.
Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 110/14.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam como se encontram.(Pausa.) APROVADA por unanimidade.
Em votação o PLL nº 110/14. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.
INDICAÇÃO - VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
IND.
Nº 052/14 – (Proc. nº 2413/14 – Verª Lourdes Sprenger) – ao Executivo Municipal, que sugere a realização de convênio com o Estado
do Rio Grande do Sul para a implementação e fiscalização do cumprimento da Lei
nº 14.229/13, que dispõe sobre a proibição da prestação de serviços de
vigilância de cães de guarda com fins lucrativos.
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): Em votação a Indicação nº 052/14. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam
como se encontram. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2682/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 298/13, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que
institui isenção temporária das taxas administrativas e dos tributos municipais
às famílias atingidas por desastres ambientais no Município de Porto Alegre.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da
CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
113 da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 06-08-14.
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): Em discussão o PLL nº 298/13. (Pausa.) A Ver.ª
Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLL nº 298/13.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Inscrevi-me para discutir a matéria, Ver. Alberto,
porque, quando teve o rompimento do dique do arroio Feijó, tivemos a
oportunidade de acompanhar o drama de milhares de porto-alegrenses afetados nos
bairros Sarandi e Asa Branca com esse rompimento. Foram famílias que tiveram
todos os bens, Ver. Alex, contaminados pela água, a casa mofada, perderam
geladeira, perderam televisão, perderam eletrodomésticos. Passaram por uma
situação muito grave, durante 48 horas, enquanto a água não descia, desde o
alagamento, do rompimento do dique. Aliás, até hoje ainda não se tem os
resultados oficiais das causas, mas nós sabemos da falta de investimento que o
DEP, no Município de Porto Alegre, coloca num plano hídrico de prevenção a
desastres e de garantia de limpeza e de manutenção desses diques. Essas
famílias sofreram. Nós estivemos lá, quando ainda estava alagado, e toda a rede
de assistência colocava alimentos e providenciava um local de dormitório para
essas famílias. Eu tive a oportunidade de participar de audiências,
conquistadas pelos moradores, com o Governo. E muito embora milhares de pessoas
terem perdido tudo, o que nós vimos como única política do Governo foi a
concessão de um empréstimo do Banrisul com juros menores. Não se buscou
decretar calamidade pública para garantir recursos nacionais, para investir na
reconstrução das casas das famílias, não se garantiu a isenção de todas as
taxas municipais durante os meses subsequentes à tragédia com a ruptura do
arroio Feijó; não se garantiu que houvesse uma política pública envolvendo
Governo Estadual e Governo Municipal de garantia mínima de direitos para essas
famílias. Nós estivemos junto com povo lutando e denunciando essa situação,
estivemos em audiências em que muito se enrolou e pouco se efetivou uma saída
concreta, ou melhor, quase nada, como eu disse anteriormente. Apenas, mais uma
vez, é a política de endividamento do povo diante da irresponsabilidade dos
governos que não promovem um plano hídrico de prevenção que garanta a
manutenção dos arroios, dos diques e também da estrutura das bocas de lobo da
cidade de Porto Alegre. Não é à toa que, quando chove, tudo entope. Há falta de
responsabilidade dos governos para investir em educação ambiental, para
garantir que a população não jogue lixo nos arroios, que não jogue lixo na rua,
que isso passe por campanhas educativas e de prevenção que mostrem o que isso
gera quando chove na nossa Cidade. Então, eu quero apoiar o projeto de isenção
de taxas, quando da ocorrência de desastres. Já tinha falado ao Ver. Alberto
Kopittke que viria à tribuna, porque só sabe quem viveu essa situação e
acompanhou o cotidiano das famílias - e nós tivemos companheiros envolvidos e
tantos outros da população que nós acompanhamos durante todo o dia da tragédia
-, a situação desesperadora dos trabalhadores e das trabalhadoras que perderam
tudo o que tinham economizado na vida para comprar. Ao mesmo tempo, receberam
mais uma resposta patética do Governo, que foi apenas a possibilidade de mais
endividamento para a população, quando, obviamente, foi uma situação de
calamidade pública. Poderia ter sido encaminhada uma série de coisas, uma série
de iniciativas que nós sugerimos na audiência, entre elas a decretação de
calamidade pública para poder receber recursos, como recebeu o Mercado Público,
Alex, quando incendiou. Foram garantidos recursos federais com a questão da
calamidade pública que o incêndio gerou. Portanto, garantiu-se a reforma com
recursos federais e municipais, mas para o povo pobre da Zona Norte não se
garantiu nada, só endividamento. Eu quero cumprimentá-lo e dizer que vamos
votar favoravelmente e, ao mesmo tempo, fazer uma menção aos trabalhadores da
Zona Norte que passaram por essa situação e que tiveram, naquele momento, o
nosso apoio e a nossa luta...
(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede tempo para o término do
pronunciamento.)
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: ...Este projeto é meritório e terá o nosso voto, assim como nós também seguiremos a cobrança ao
Governo Dilma diante do plano de combate aos desastres ambientais. Porque,
quando teve a tragédia, na qual morreram centenas de pessoas no Rio de Janeiro,
foi prometido um plano nacional de combate aos desastres naturais. E isso é
fruto do aquecimento global, da lógica capitalista de depredação e que envolve
uma lógica de necessidade de identificar esses desastres com anterioridade. E o
Brasil, naquele momento, viveu uma situação trágica. Esse plano foi prometido e
ele nunca saiu do papel. Essa é uma luta nacional da Bancada do PSOL, e seguirá
também sendo uma luta da nossa bancada municipal.
(Não revisado pela
oradora.)
A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): Apregoo a
Emenda nº 01, de autoria do Ver. Airto Ferronato, ao PLL nº 298/13.
Apregoo Requerimento
de autoria do Ver. Airto Ferronato,
solicitando dispensa do envio da Emenda nº 01 ao PLL nº 298/13 à apreciação das
Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. Kevin Krieger
está com palavra para discutir o PLL nº 298/13.
O SR. KEVIN KRIEGER: Boa tarde. Quero cumprimentar a Vice-Presidente Ver.ª Jussara Cony, que
está presidindo os trabalhos; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu não
poderia, Ver. Reginaldo Pujol, deixar de vir aqui e dar uma satisfação em
relação ao que a Ver.ª Fernanda colocou aqui, que o nosso Governo Municipal -
Ver. Airto Ferronato, nosso Líder do Governo - praticamente não fez
nada na tragédia do bairro Sarandi.
Eu, Ver.ª
Jussara Cony, era Presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania, fui
acordado de madrugada, entre tantos outros Secretários, que, naquela mesma
hora, foram até aquele local, junto com o Prefeito Fortunati, e passamos, no
mínimo, Ver. Rodrigo Maroni, 15 dias, durante 24 horas, no Sarandi, atendendo
àquela população da melhor forma possível. Houve algumas pessoas que ficaram,
por minutos ou algumas horas; outros ficaram, Ver. Pablo, incansavelmente,
durante, no mínimo 15 dias, atendendo, acolhendo famílias, crianças,
adolescentes, pessoas com deficiência, Ver. Paulo Brum, durante mais de duas
semanas.
Construímos
com aquela comunidade grupos de trabalho, os quais fizeram diversos
encaminhamentos para o Departamento de Esgotos Pluviais, para o Departamento
Municipal de Água e Esgoto e outras Secretarias, e até hoje, infelizmente,
ainda não sabemos o porquê do rompimento do dique. Isso a gente deveria saber!
Fiz questão de
vir aqui, porque muitas pessoas, muitos servidores públicos, muitos cargos de
confiança, muitas lideranças políticas que estavam à frente de Secretarias
Municipais se mobilizaram e fizeram o que podiam para atender as milhares de
pessoas que tinham sofrido com aquele desastre.
Fizemos uma articulação junto com o Secretário
Luciano Marcantônio, para que as pessoas que sofreram e perderam o que tinham
nas suas casas, que pudessem, junto ao Banrisul, ter um crédito para poderem
refazer suas vidas. Foi uma forma que encontramos e que aquela comunidade, Ver.
Prof. Alex Fraga, solicitou aos governantes para que pudessem, sim, ter um
crédito para refazer suas vidas. E o Governo Municipal foi
até o Banrisul e construiu isso. Infelizmente, ainda não houve a resposta
positiva do Banrisul. Esta é a cobrança que temos que fazer. Muitos ainda estão
esperando por isso. Já refizeram suas vidas, Ver. Professor Garcia, com o seu
suor, com o seu esforço e com o seu trabalho.
Então, é importante
relembrar que o Governo Municipal fez, sim, a sua parte naquele momento, num
momento difícil, num momento de tragédia e que não deixou a população
abandonada como foi dito aqui. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Airto
Ferronato está com a palavra para discutir o PLL n° 298/13.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sra. Presidente, Srs.
Vereadores e Sras. Vereadoras, em primeiro lugar, quero fazer um registro
enaltecendo as palavras do Ver. Kevin Krieger, corretas e muito bem postas. Na
verdade, esteve, sim, o Executivo, durante todo o tempo, num acompanhamento
muito de perto e tomando atitudes relativas àquele acontecido.
O projeto do Ver.
Kopittke tem muitos méritos, e isto precisamos registrar.
Eu fui fiscal do
Imposto de Renda, lá em 1980 - e lá se vão 30 anos ou mais -, e desde lá,
existe na legislação tributária a previsão de isenções para catástrofes. E
todas as isenções, Ver. Kevin, vêm precedidas de um decreto. Precisa da lei
para autorizar a isenção, e, necessariamente, deve existir um decreto para
dizer em qual área está o imóvel onde a isenção deva ocorrer. Foi por isso que
eu apresentei a emenda, no sentido de dizer que não pode uma lei isentar. O que
é catástrofe, onde aconteceu, o que aconteceu e que famílias foram atingidas?
Portanto, eu quero registrar aqui, a importância de uma proposta nesse sentido.
Porto Alegre deve isso. Não é possível que venha lá uma catástrofe, uma
enxurrada que leve tudo que a pessoa tem dentro de casa - normalmente pessoa
pobre – e ainda fica devendo o IPTU, o ITBI, devendo as taxas de lixo, de
esgoto, de água. E, na maioria das vezes, é o próprio esgoto o fator gerador do
problema. É preciso pensar, sim, num projeto nesse sentido.
Eu quero dizer que vou votar com o Governo, contra o projeto, até e inclusive pelo Parecer exarado pelo amigo Ver. Pujol, que diz da inconstitucionalidade da iniciativa. Agora, eu acredito que a Casa ganha; nós, Vereadores, Ver. Garcia, ganhamos; a Câmara ganha se nós conversarmos com o Executivo, no sentido de que aprimore o projeto, mas que seja apresentado um projeto nesse sentido. Porque com uma lei dizendo da isenção e prevendo que o decreto vai apontar quais as famílias que são beneficiadas, meu caro Ver. Dinho, nós acertamos a redação e auxiliamos verdadeiramente a cidade de Porto Alegre.
Repito, em 1980 já existiam leis tributárias nesse
sentido, em termos de União e Estado. Portanto, os Municípios precisam também
tentar buscar uma adaptação da lei e fazer com que, temporariamente, essas
famílias deixem de pagar os seus tributos ou, ao menos, que se suspenda
temporariamente a cobrança deles, para que haja um resgate inclusive da
possibilidade financeira da reposição dos seus bens. Antes de pagar o tributo, é
necessário que eles comprem os seus móveis, por exemplo. Registro a importância
da proposta que inicia o debate aqui na Câmara. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para
discutir o PLL nº 298/13.
O SR.
PROFESSOR GARCIA: Ver.ª Jussara Cony, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores, estava lendo o projeto de autoria do Ver. Alberto Kopittke, e a
preocupação do Vereador tem o seu mérito, mas tenho dúvida se essa seria ou não
uma prerrogativa de Vereador. Ao mesmo tempo, nós temos que pensar na Cidade
como um todo, não existe almoço grátis, alguém paga a conta! Nós temos
discutido muito aqui, por exemplo, as isenções do transporte público: “Ah,
quase 30% dos usuários tem gratuidade!” Gratuidades concedidas por esta Casa, e
aqui não estou julgando nenhum Vereador, dentro dos seus méritos, mas no todo,
volto a dizer: não existe almoço grátis.
Vamos fazer uma reflexão, e aqui o Ver. Alex, como
biólogo, pode nos ajudar. Eu perguntaria: o episódio de São Paulo é um desastre
ambiental ou não? No meu conceito de leigo, sim, é um desastre ambiental.
Desviam leito de rio, utilizam outro espaço para bombear e trazer água, eu
julgo, entendo, que isso é desastre ambiental. Imaginem os senhores, talvez 5
milhões de pessoas não pagariam seus impostos municipais, e eu volto a dizer:
não existe almoço grátis. No que isso repercute? Nós sabemos que todos os
tributos cobrados têm o pressuposto de pagar em parte o funcionalismo público,
em parte os serviços para o todo da população.
Então, deixo esse questionamento aqui para a nossa
reflexão, e volto a dizer, no mérito, o Vereador está realmente preocupado em
querer beneficiar aquelas pessoas, mas, dentro da iniciativa, cada cidadão,
cada cidadã pode também – e, claro, é uma questão de cada um e do seu bolso –
fazer a sua residência. Dentro dos seguros é previsto o ressarcimento devido
aos desastres ambientais. Muitas seguradoras podem, talvez, pensar: “Bom, mas
se o Poder Público já isentou, não nos cabe ressarci-los”. Deixo, também isso
para reflexão. Essa é a riqueza do período de discussão, porque não estamos
votando ainda, estamos discutindo o projeto.
A Comissão de Constituição e Justiça colocou a existência de óbice, porque não seria da competência do Executivo. Temos um biólogo aqui, e gostaria que ele colocasse para nós essa visão do que ocorre em São Paulo, se é ou não um desastre ambiental. Na minha condição de leigo, entendo que é um desastre ambiental. Cada desastre ambiental ficaria por um ano, como seria essa avaliação? Muitas casas que hoje estão ocupando espaços onde não poderiam ser construídas seriam beneficiadas ou não? Muitas até nem pagam impostos. Entendo que devemos ser solidários como cidadãos como um todo, e é por isso que os problemas sociais de defesa civil não olham a condição de classe social, não olham se é rico ou pobre. Já tivemos quantos desastres no Rio de Janeiro com aquelas mansões que sucumbiram? Na realidade é dever do Poder Público socorrer e dar assistência para aqueles que, num momento emergencial, precisam do seu apoio. Por isso, deixo para reflexão, para discussão, para que mais adiante possamos amadurecer e dar o nosso voto. Eu gostaria de deixar isto para reflexão: se é legal ou não; e se em São Paulo é ou não um acidente de dano ambiental como um todo.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA.
PRESIDENTE (Jussara Cony): O Ver. Prof. Alex Fraga está com a palavra para
discutir o PLL nº 298/13.
O SR. PROF.
ALEX FRAGA: Boa tarde a todos. Vamos dialogar, então, Ver. Garcia. Fizeste uma
pergunta direcionada a mim e perguntaste a minha opinião com relação à situação
de São Paulo. Na minha visão de biólogo, o que acontece atualmente com São
Paulo não é um desastre ambiental; para mim é um crime ambiental! E um crime
produzido por vários entes: empresários, produtores, que utilizam os recursos
hídricos sem responsabilidade. É um crime também ligado às gestões das cidades
da Grande São Paulo. A economia é necessária, principalmente quando não há um
recurso hídrico abundante.
A oferta de chuvas é irregular em praticamente todo
o País; a Região Norte tem uma situação diferenciada e o Litoral do Nordeste
tem chuvas abundantes, as chamadas chuvas orográficas. Mas em São Paulo a
situação é um pouco peculiar. A população é muito grande, a demanda é muito
alta, o índice de industrialização requer muita água também para a produção.
Então, para mim, isso é um crime produzido principalmente por uma
irresponsabilidade histórica. Não foram os atuais governos, isso vem ao longo
de um crescente.
Eu gostaria de aprofundar a discussão justamente
nessa parte de responsabilidade. Geralmente, a população menos favorecida em
termos econômicos é a mais impactada justamente por esses abalos, esses
desastres ambientais, por não ter recursos muitas vezes para a própria
subsistência, e também por não ter reservas econômicas para poder, numa
situação de emergência, lidar com essa situação anormal.
O projeto, no meu entendimento, não tem óbice
legal, visto que é um projeto que apenas adia o pagamento. Ele não isenta
totalmente a pessoa que sofreu o impacto, apenas temporariamente – deixa isso
bem claro. Então, aquela pessoa que sofreu o dano, sofreu a perda, vai ter uma
isenção temporária e, portanto, não fere o nosso trabalho.
Com relação também a esses desastres, a questão da
responsabilidade de todos nós, principalmente da nossa Prefeitura, pode agravar
esses desastres também na nossa Cidade. Eu classifico incisivamente o asfalto
como um câncer para geração de impactos ambientais severos. O asfalto causa a
impermeabilização do solo; a água que poderia ser absorvida, transportada até o
lençol freático, simplesmente se deposita sobre a manta asfáltica, e isso gera
inundações. As regiões que ficam em baixadas têm essa água acumulada; o nosso
sistema de drenagem pluvial é fraco para dar vazão para todo esse volume de
chuvas. Nós precisamos, com o aumento crescente do grau de impermeabilização do
solo, aumentar também o diâmetro da rede de escoamento pluvial. Mas,
infelizmente, isso não é feito pela Prefeitura.
Com relação à impermeabilização do solo, esse fator
tende, progressivamente, a piorar a questão dos desastres ambientais. A nossa
Cidade tem de estar prevenida, e prevenir também a assistência às pessoas que
sofrerão esse impacto. Se não há responsabilidade do gestor em minimizar os
efeitos danosos da sua prática nociva de asfaltamento sem qualquer tipo de
critério, nós temos também que dar subsídio, dar segurança à população mais
carente em Porto Alegre. Então, com relação a minha posição a respeito da
pavimentação das vias urbanas, eu sou um árduo defensor da pavimentação com
outros materiais, como, por exemplo, paralelepípedos, pedras, bloquetes de
concreto. Esses materiais permitem a infiltração de água no solo, evitando o
seu acúmulo, evitando alagamentos e evitando inundações. O asfalto é mais
cômodo, ele é mais seguro para o trânsito, mas o asfalto aumenta a velocidade
média dos veículos, aumenta as chances de acidentes, atropelamentos, colisões,
porque, quando um carro anda mais rapidamente, ou tem a possibilidade de andar
mais rapidamente, os motoristas o fazem de forma irresponsável, aumentando o
índice de incidências de atropelamentos. E, ao meu ver, as redondezas, as
vizinhanças de escolas não deveriam ser pavimentadas com asfalto justamente por
causa da segurança dos nossos pequenos, das nossas crianças.
Uma boa tarde a todos, está dado o recado, e vamos
seguir na luta pela defesa dos mais necessitados.
(Não revisado pelo
orador.)
(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para discutir o PLL nº 298/13.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras.
Vereadoras e Srs. Vereadores, eu acho que essa fala do Ver. Prof. Alex
Fraga, no final, é inspiradora para nós seguirmos na ajuda aos mais
necessitados. Entendo que a política tem que ser feita, em especial, para quem
precisa do Estado, que é o gestor do excedente econômico de uma população
inteira que, num País profundamente desigual, é através do imposto público, ou
seja, da nossa contribuição geral que nós podemos garantir alguma dignidade
para quem não tem acesso a um salário suficiente para garanti-la. Quando o Ver.
Kopittke traz, Ver. Dinho, que isso se torna uma
norma para que a Prefeitura... Eu quero aqui recordar que, no ano passado, a
Prefeitura acabou regularizando alguma medida via legislação, mas
especificamente para as famílias do Sarandi. E a ideia agora é que a gente
tenha uma política para essas situações dramáticas – aí é a hora e a vez de o
Estado entrar. Aqui foi bastante falado do quanto perdem as famílias, mas eu
quero chamar atenção do tema da água, porque a gente não tem noção do que é
limpar uma casa... Eu não tenho, tenho que agradecer às condições de nunca ter
morado numa casa que encheu de água num determinado momento. Quer dizer, o que
gasta uma família de energia elétrica e de água para fazer a limpeza – não
estou falando da perda do sofá, de estante, porque tudo desmancha. As famílias
normalmente salvam algumas coisas eletrônicas que elas colocam para cima, mas
roupeiro, sofá e estantes ficam imprestáveis, têm que pôr no lixo! Aí recuperar
isso tudo é um problema, mas ainda vem na sequência a conta de luz, a conta de
água, que disparam, porque tem que limpar a casa, limpar roupa e todas as condições
de higienização que têm que ser feitas, pois normalmente as famílias atingidas
por essas inundações são famílias que não moram em lugares com saneamento
básico; se morassem, ainda assim os esgotos transbordariam, mas a situação, via
de regra, Ver. Kopittke, são lugares em que não há saneamento, não tem
esgotamento sanitário, não tem tratamento de esgoto – muitas vezes a água é
coletada na forma de bico, não é também uma água regular e com todos os
cuidados necessários.
Então, parece-me muito apropriado que se tenha um
mecanismo permanente que, obviamente, a Prefeitura vai lançar mão de forma
discricionária, conforme a necessidade e conforme o tributo, porque, em algumas
situações, é um tributo; noutras são outros, são apoios que essas famílias vão receber
para não serem sobrepenalizadas num momento de catástrofe, como nós vimos no
ano passado. E também ainda não se tem uma explicação sobre o tema do dique,
Ver. Kevin, mas há situações que são previsíveis. Eu quero encerrar dizendo
isso. Na semana passada, nós tivemos um dia de chuvarada, e vi as fotos do
Sarandi. A zona norte continua mal no escoamento da água, muito mal. Eu recebi
fotos da Av. Farrapos, das diferentes ruas; ali no bairro Floresta, que são
perpendiculares à Av. Farrapos, de uma água acumulada inexplicável.
Então serve aqui o alerta e a solicitação para que
o DEP venha a esta Casa nos falar quais as medidas, Ver.ª Fernanda, que tem
tomado para a manutenção do escoamento da água desta Cidade, limpeza de boca de
lobo, funcionamento das bombas, porque não é possível que uma chuvarada inunde
casas e ruas e inviabilize passagens como nós assistimos na semana passada. Não
chegou ainda o inverno.
Então, apoio total, Ver. Kopittke, à iniciativa; é
um instrumento que fica na mão do Executivo, que é importante para as famílias,
mas, sinal de alerta: nós queremos que a Prefeitura venha aqui dizer o que faz
na manutenção, na prevenção.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir
o PLL nº 298/13.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs.
Vereadores; eu tinha até concordado com o Ver. Alberto Kopittke, que é o autor
da matéria, que não poderia inverter a ordem – ele falar antes de mim –, na
medida em que ele poderia trazer à colação algum argumento que ainda não
estivesse expresso no projeto. Eu me detenho, exclusivamente, ao que está no
projeto; o projeto, sua Exposição de Motivos, a manifestação da Procuradoria da
Casa, a manifestação da Comissão de Constituição e Justiça, enfim, os vários
pareceres que aqui ocorreram.
Fundamentalmente, a Comissão de Constituição e
Justiça se socorreu do parecer prévio da Procuradoria da Casa e, fundado nele,
rejeitou um primeiro parecer da lavra do Ver. Márcio Bins Ely, que entendia
inexistir óbice à tramitação da matéria. Designado substituto a narrar o voto
vitorioso, vimos o nosso parecer ser apoiado por ampla maioria da Comissão.
Impugnado o parecer e, dentro do Regimento, houve a manifestação do autor, que
também não foi acolhida pela CCJ, que, numa maioria maior ainda, ficou com o
nosso parecer.
Assim, Presidente, eu venho à tribuna numa posição
de mais absoluta coerência. Nós entendemos que é uma matéria completamente
inconstitucional, na medida em que fere disposições da própria Constituição,
das leis reguladoras da Constituição e da própria Lei Orgânica do Município. No
mérito, muito sustentado pelos pareceres da Comissão de Finanças e da Comissão
de Saúde quanto aos aspectos humanitários da proposição, nós não teríamos
restrição a oferecer. Só que as injustiças que eventualmente o sistema
tributário possa ocasionar ao contribuinte, não será por mera disposição humanitária que vamos corrigi-las. As
leis, enquanto existentes, têm que ser respeitadas. O ilustre Líder do Governo,
meu particular amigo, Ver. Airto Ferronato, com grande espírito humanitário,
grande sensibilidade política, busca construir uma saída, dizendo que essa lei,
uma vez aprovada, a sua aplicação ficaria pendente de um decreto do Executivo
estabelecendo os locais e as situações em que ela seria aplicada.
Isso, Vereador, acentua uma circunstância que está
sendo amplamente utilizada aqui na Casa. Este é um projeto, por seus aspectos
humanitários e sociais, que deveria ser um projeto de lei indicativo, já que é
uma matéria privativa da competência do Poder Executivo; a Indicação, Ver.
Dinho, daria tranquilidade de sua aprovação, como normalmente a Casa tem
aprovado, agora, as Indicações, por reconhecer o mérito, e, às vezes, até tendo
alguma resistência contra o mérito, mas reconhecendo que é uma proposta
legítima que o integrante da Casa faz sugerindo alguma medida para o Prefeito
da Cidade. Lembro V. Exa. que este
projeto vem do ano de 2013; depois de 10 de setembro de 2013, quando ele foi
proposto, houve essa profunda alteração, Ver. Bernardino Vendruscolo, na
legislação do Município, com o ressurgimento da Indicação, com maior força,
capaz de traduzir com absoluta o restabelecimento da Indicação como um novo
instrumento, como uma nova ferramenta à disposição do legislador capaz de
permitir a tradução de situações como essa. Então, não discutindo o mérito, que
esse permitiria amplas discussões, conforme foi muito bem colocado pelo Ver.
Alex, do PSOL, que impugna a ideia daqueles que como se estivéssemos diante de
desastres ecológicos em São Paulo, quando ele diz que lá nós temos gente de
incompetência administrativa. Então, esperando que a nossa posição seja
compreendida, e até entendendo que, por solidariedade, muito provavelmente essa
proposta seja aprovada, nós queremos com firmeza dizer que é aberta a
questão...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: ...Nós
coerentemente, Sr. Presidente, manteremos a nossa posição, sustentada
amplamente na Comissão de Constituição e Justiça, onde tivemos vários apoios
importantes dentro dos quais o do ilustre Ver. Nereu D’Avila que em ambas as
ocasiões nos acompanhou. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Alberto Kopittke está com a palavra para
discutir o PLL nº 298/13.
O SR. ALBERTO
KOPITTKE: Caros colegas, antes de mais nada agradeço aqui o debate qualificado,
respeitoso, mesmo que nas divergências, mas este é o bom debate, sereno,
tranquilo, de mérito, de visões, jurídicas, debates, é assim que construímos
boas ideias, na boa divergência.
Não poderia deixar de vir aqui fazer a defesa do
projeto e explanar sobre algumas dúvidas que alguns colegas - Ver. Professor
Garcia, especificamente - levantaram, pediu alguns esclarecimentos, muito,
aliás, importantes e necessários de serem esclarecidos da minha parte. Venho
aqui pedindo a atenção dos colegas para esclarecer. Primeiro: o que seriam
desastres ambientais? Nós estamos aqui tratando de um tema de isenção de taxas
e tributos; portanto, nós não podemos ter um foco por demasiado aberto, que é
um dos princípios do nosso Direito Tributário - o nosso Ver. Airto Ferronato,
me corrija, por favor! Exatamente por isso, colocamos no projeto de lei, no
art. 2º, que se consideram desastres ambientais: inundações, desmoronamentos,
deslizamentos, comprimento ou colapso de barragens, tornados, chuvas de
granizo, vendavais com grande prejuízo. Então, a lei objetivou,
especificamente, a questão do desastre ambiental. É óbvio que é uma lei voltada
para essas situações em que as famílias perdem tudo, em situações que se
repetem, em que efetivamente as famílias mais atingidas são daqueles bairros de
periferia; dificilmente nós teremos uma inundação no Moinhos de Vento, no Bela
Vista, no Mont’Serrat. Temos por objetivo
criar uma norma geral. Eu discordo da visão expressa em termos jurídicos do
Ver. Pujol. Efetivamente, é uma diferença pequena, mas importante, que eu peço para
os colegas perceberem. Nenhum de nós poderia legislar, dando isenção tributária
para a família do Silva. Não podemos. Isto é prerrogativa do Município. O que a
lei prevê é uma norma geral que vai, corretamente corrigida, ou acrescida pelo
Ver. Ferronato, necessitar de um Decreto do Prefeito para se objetivar. E essa
posição encontra, sim, guarida - consultei vários colegas advogados - na
jurisprudência, que pode, sim, o Vereador, em razão especificamente da nossa
Lei Orgânica Municipal no seu art. 113, que diz o seguinte (Lê.): “Somente
mediante lei aprovada por maioria absoluta será concedida anistia, remissão,
isenção ou qualquer outro benefício ou incentivo que envolva matéria
tributária”. Portanto, a nossa lei maior do Município não determina a origem
desse tipo de regra de isenção. Então encontra guarida jurídica, sim. Tem uma
divergência de opinião. O que nós não poderemos, repito, é dar, objetivamente,
para uma determinada pessoa, certa isenção. Por isso peço que os colegas
reflitam. Fiquei triste com a posição do Governo, porque ajudaria o Governo. Ao
invés de ter que decretar situação de calamidade, Ver. Kevin, que também traz
transtornos para o Governo... Ela é boa porque agiliza o atendimento às
famílias, mas ela trava toda a administração municipal - o decreto de desastre.
E é uma norma que já preveria para o Município dar a isenção e ajudar essas
famílias. Fico triste que o Prefeito Fortunati não tenha entendido assim. Acho
que atenderia exatamente aos que mais precisam. Nós vimos na Copa vários temas
aqui de índices, atendendo a grandes setores empresariais, passando com a maior
tranquilidade aqui na Casa, porque atendiam a determinados interesses
econômicos. Acho que essa também pode ter uma leitura, por parte dos colegas,
que tem respaldo na nossa Lei Orgânica, sim. Inclusive a legislação, na qual me
baseei, é do Município de Petrópolis que sofreu aquela grande catástrofe em
2009, com mais de 1.200 mortos, e que foi de origem de um Vereador. Eu me dei o
trabalho de pesquisar para basear e, hoje, vale naquele Município e em vários
Municípios de Santa Catarina que também foram atingidos. Espero que os colegas
possam refletir sobre esse tema que, realmente, vai ajudar aqueles que vão se
encontrar, por várias vezes, na pior das situações que é perder todos os seus
bens e a sua casa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo
Pujol, a Emenda nº 01 ao PLL nº 298/13. (Pausa.) (Após apuração nominal.) REJEITADA por 13 votos SIM
e 11 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Bosco Vaz, o PLL nº 298/13.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 13 votos SIM e 13 votos NÃO.
Antes de continuarmos a votação dos projetos,
com a permissão dos Vereadores, queremos fazer uma pequena homenagem à Sra.
Magali Fagundes Castilhos, servidora do DEMHAB e à disposição da Câmara –
trabalha na Diretoria Legislativa –, com 34 anos de serviços prestados, há 24
anos cedida para esta Casa. Ela veio para a Câmara em 1991, trabalha juntamente
com o nosso “37º Vereador”, e está chegando hoje ao final da sua carreira.
(Palmas.) Agradecemos a Magali por todos os serviços prestados na Diretoria
Legislativa desta Casa durante tanto tempo. Tenho certeza, Magali, que falo não
só em meu nome, mas em nome de todos Vereadores e Vereadoras desta Casa, em
nome de todos os funcionários, principalmente do Luíz Afonso, do Sandro, do
pessoal da Diretoria Legislativa, por ter essa pessoa que sempre nos atendeu
tão bem e sempre nos ajudou e orientou. Então, falo em nome de todas essas
pessoas para te agradecer pelo serviço prestado à sociedade de Porto Alegre.
Muito obrigado, Magali. Continue sempre nos visitando e que seja tão feliz na
sua vida, agora, que se encerra profissionalmente aqui, mas tenho certeza de
que vai continuar ajudando a nossa Cidade. Parabéns por todo serviço prestado.
Muito obrigado, novamente, por ter nos servido por tanto tempo.(Palmas.)
O SR. REGINALDO PUJOL: Sr.
Presidente, falta-me respaldo regimental, se não eu impugnaria a aposentadoria
não só porque a nossa colaboradora é muito jovem ainda, mas porque nós vamos
ficar com a falta de uma excelente funcionária. É lamentável, mas que ela seja
feliz na sua aposentadoria.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Agradeço os
Vereadores pela quebra de protocolo.
Há uma combinação para Reunião Conjunta das
Comissões para tratar de Projeto de Emenda à Lei Orgânica, instituindo o
programa de metas, o Prometa. Consulto se os Srs. Vereadores aprovam o parecer
conjunto por assinatura, ou se desejam interromper a Sessão para realizar a
Reunião Conjunta das Comissões. O Projeto de Emenda à Lei Orgânica inclui inc.
XXII no art. 94 e § 6º no art. 116 da Lei Orgânica do Município de Porto
Alegre, incluindo o Programa de Metas – Prometa – no rol de competências
privativas do Prefeito, determinando que as Leis
Orçamentárias incorporem as prioridades, os indicadores de desempenho e as
metas quantitativas e qualitativas deste programa. Primeiro Secretário, Ver.
Sebastião Melo; e mais quase todos os Vereadores da Legislatura anterior.
Então, se todos os
Vereadores concordam... E a Emenda do Ver. Alberto Kopittke, que acrescenta
onde couber o artigo ao PELO nº 002/12, com o seguinte teor: “art.: o Poder
Executivo Municipal fará semestralmente a apresentação do balanço do Prometa em
Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Porto Alegre. Ver. Alberto Kopittke”.
Consulto se os
Vereadores concordam com que a Reunião Conjunta das Comissões, que seria feita
agora, seja feita por assinaturas. (Pausa.) Se não houver acordo... Seria só da
emenda, não é do projeto. A emenda à Lei Orgânica tem que passar pelas
Comissões. Seria uma Reunião Conjunta das Comissões, que foi acordada na
reunião de Líderes, onde pegaríamos as assinaturas; mas é só a emenda. O restante
do projeto, de autoria do hoje Vice-Prefeito Sebastião Melo, já passou pelas
Comissões.
O SR. MARCELO SGARBOSSA: Sr. Presidente, falo
pelos partidos de oposição. Como temos a reunião de Líderes amanhã –
concordamos com a emenda –, podemos combinar, para a semana que vem, uma
Reunião Conjunta das Comissões para analisarmos, além deste, outros projetos,
como se fez em outros momentos.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Só lembrando
que a Reunião Conjunta das Comissões foi combinada na última reunião de
Líderes, para acontecer hoje. Podemos trocar a data, mas foi combinada para
hoje.
O SR. DR. THIAGO (Requerimento): Presidente,
requeiro que, antes da Reunião Conjunta, seja discutido e votado o PLL nº
140/09, que estava exatamente na sequência.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Dr.
Thiago. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3211/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 140/09, de autoria do
Ver. Dr. Thiago Duarte, que obriga os estabelecimentos que comercializem
veículos automotores zero quilômetro, no âmbito do Município de Porto Alegre, a
fornecerem uma muda de árvore a todo adquirente desse produto e dá outras
providências. Com Emendas nºs 01 a 05.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela existência de óbice de natureza
jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela rejeição do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto;
-
da CEDECONDH. Relatora Verª Séfora Mota: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 08-12-14;
- discutiram a matéria os Vereadores Dr. Thiago,
Tarciso Flecha Negra, Idenir Cecchim, Prof. Alex Fraga, Professor Garcia,
Bernardino Vendruscolo, Márcio Bins Ely, Sofia Cavedon, Marcelo Sgarbossa,
Clàudio Janta e Lourdes Sprenger (cedeu p/ Professor Garcia), em 25-02-15;
- adiada a discussão por duas Sessões, em 25-02-15.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº 140/09. (Pausa.) O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 140/09.
O SR.
REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras.
Vereadoras, este projeto se encontra na Casa desde 2009, tem seis anos aqui. Em
2009, alerta-me o Ver. Nereu D'Avila, quando a matéria foi examinada pela
Comissão de Constituição e Justiça, o Ver. Luiz Braz, à época seu integrante,
exarou Parecer contrário à tramitação do projeto de lei, por conter vício de
inconstitucionalidade. Este projeto, na ocasião, havia tido primeiro uma
manifestação do Ver. Bernardino Vendruscolo, que foi derrotada na Comissão por
quatro votos contra dois, daí o novo Parecer do Ver. Bernardino Vendruscolo foi
aprovado por cinco votos contra um, em 8 de dezembro de 2009 – há seis anos.
Sr. Presidente, olhando este projeto, afora a
inconstitucionalidade, que é absoluta, nós vemos que em vez de trazer algum
benefício, alguma vantagem para o adquirente do veículo, cria um problema para
ele, pois, ao comprar um automóvel zero, ganhará uma muda, e com ela, a
obrigação de plantá-la, de cuidá-la, etc. e tal. Ora, Sr. Presidente, assim nós
estamos invadindo o direito comercial; o vendedor de automóvel que faça a
promoção que quiser, ofereça um tanque de gasolina cheio por seis meses,
pagamento de IPVA, qualquer coisa, porque, realmente, é direito dele oferecer
alguma coisa, mas não o obrigue a entregar uma muda de planta que teremos que
arrumar um lugar para plantá-la, Ver. Tarciso – V. Exa. não teria nada de
dificuldade, morando pela Rua da Praia, onde o senhor vai plantar sua
arvorezinha? É complicado, nem eu consigo plantar na Ponte de Pedra, é difícil!
Mais do que plantar, Ver. Nereu D'Avila, é manter, é cultivar essa planta -
como vou cultivar? Se eu conseguir, por absurdo que possa ser, na Ponte de
Pedra, plantar uma árvore, como eu vou cuidar dessa árvore? Na primeira
confusão, vai dançar, aí eu vou ser multado porque não cuidei direito da
árvore.
O autor da matéria, meu querido Ver. Dr. Thiago, tem aqui belíssimos projetos que poderíamos
votar e aprovar, porque são muito bem elaborados e muito bem propostos. Mas com
a sinceridade que me é particular, e com o carinho que tenho pelo Ver. Dr.
Thiago, um homem valente, um homem de posição, um homem que não fica em cima do
muro em situação nenhuma; gosto muito de tê-lo ao meu lado, mas, infelizmente,
neste particular, não vou estar ao seu lado, Ver. Dr. Thiago. Acho que a sua
proposta tem alguns aspectos positivos, e quer manter Porto Alegre como a
Cidade mais bem arborizada deste País. O Prefeito Villela é responsável
diretamente por isso, pois inclusive me obrigava a, em cada casa que
entregasse, plantar três árvores. Mas aí tinha lugar para plantar! Grande parte
dessas árvores não foi cuidada e não vingou. O projeto tem um fundamento bom,
tem uma base muito consistente em termos de apoio à permanência de Porto Alegre
como Cidade muito bem arborizada. A situação de hoje é muito positiva sob
vários aspectos, Ver. Alex, e sobre outros, não. Nós temos árvores de Porto
Alegre com as quais temos que ter muito cuidado, porque há muito tempo se pediu
uma vistoria da SMAM sobre essas árvores, isso está sendo procrastinado, e
podemos ter outros acidentes, esses, sim, acidentes, quando as árvores...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR.
REGINALDO PUJOL: ...Então, Sr. Presidente, dentro
da linha que me é tradicional, com todo o carinho que tenho pelo autor,
manifesto-me contrário ao seu projeto de lei. Era isso, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Reginaldo Pujol, a Emenda nº 01 ao PLL nº 140/09.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 11 votos SIM e 13 votos NÃO.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Professor Garcia, a Emenda nº
02 ao PLL nº 140/09. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 09 votos SIM e 15 votos NÃO.
Em votação nominal,
solicitada pelo Ver. Professor Garcia, a Emenda nº 03 ao PLL nº 140/09 (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) REJEITADA por
08 votos SIM e 15 votos NÃO.
A Emenda nº 04, de
autoria do Ver. Clàudio Janta, ao PLL nº 140/09 está prejudicada devido à
tramitação do PLL nº 201/13, de autoria do Ver. Professor Garcia.
Em votação nominal,
solicitada pelos Vereadores Professor Garcia e João Bosco Vaz, a Emenda nº 05
ao PLL nº 140/09 (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 06 votos SIM e 16 votos NÃO.
Registro, com muita honra, a presença do nosso sempre Vereador desta Casa, Eliseu Sabino, pai do Ver. Elizandro Sabino.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Bosco
Vaz, o PLL nº 140/09. (Pausa.) REJEITADO
por 12 votos SIM e 13 NÃO.
O SR. DR.
THIAGO: Sr. Presidente, como a diferença foi de um voto, solicito renovação de
votação.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito que o senhor formalize seu Requerimento
na DL.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA (Requerimento): Solicito o adiamento, por uma Sessão, do
Requerimento nº 012/15.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Vereador, Requerimento não dá para pedir
adiamento, o senhor pode solicitar a retirada da priorização.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA (Requerimento): Solicito verificação de quórum.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo Requerimento, de autoria de Ver. Dr.
Thiago, de renovação de votação do PLL nº 140/09.
Solicito abertura do painel eletrônico para
verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Marcelo Sgarbossa. (Pausa.) (Após o
fechamento do painel eletrônico.) Dezesseis Vereadores presentes. Não há
quorum.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 17h33min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 0711/14 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 031/14, de autoria do Ver. Dinho do Grêmio, que concede o troféu
Câmara Municipal de Porto Alegre a Luiz Felipe Scolari.
PROC.
Nº 0166/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 009/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Sanzi Biagio o logradouro não cadastrado conhecido como Rua
Três Mil e Sessenta e Três – Jardim Safira –, localizado no Bairro Mário Quintana.
PROC.
Nº 0167/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 010/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Doutora Núncia de Constantino o logradouro não cadastrado
conhecido como Rua Três Mil e Sessenta e Oito – Jardim Safira –, localizado no
Bairro Mário Quintana.
PROC.
Nº 0170/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 012/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Fedele Feoli o logradouro não cadastrado conhecido como Rua
Três Mil e Sessenta e Seis – Jardim Safira –, localizado no Bairro Mário
Quintana.
PROC.
Nº 0171/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 013/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Gaetano Santagada o logradouro não cadastrado conhecido como
Rua Três Mil e Sessenta e Sete – Jardim Safira –, localizado no Bairro Mário
Quintana.
PROC.
Nº 0180/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 015/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Maria Feoli Guaragna o logradouro não cadastrado conhecido
como Rua Três Mil e Sessenta e Um – Jardim Safira –, localizado no Bairro Mário
Quintana.
PROC.
Nº 0347/15 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 001/15, que altera o caput, os incs. I, II, III, IV, e os §§ 1º, 2º, 3º e 4º do art. 15,
inclui incs. V, VI, VII, VIII e IX e § 6º no caput do art. 15; altera o caput
do art. 16, renumera o parágrafo único para § 1º alterando sua redação, inclui
incs. I e II e § 2º no caput do art.
16, e altera o art. 17, todos da lei Complementar nº 170, de 31 de dezembro de
1987 – que estabelece normas para instalações hidrossanitárias e serviços
públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário prestados pelo
Departamento Municipal de Água e Esgotos e dá outras providências –, dispondo
sobre a interrupção e suspensão do abastecimento e do desligamento do ramal de
água.
PROC.
Nº 0350/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 033/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Solimar dos Santos
Amaro.
PROC.
Nº 0351/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 034/15, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que denomina Rua Biagio Morelli o logradouro não cadastrado conhecido como Rua
Três Mil e Setenta – Jardim Safira –, localizado no Bairro Mário Quintana.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 1319/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 122/13, de autoria do Ver. Clàudio Janta, que
convoca consulta à população, mediante plebiscito, a respeito das isenções das
passagens de ônibus municipais.
PROC.
Nº 3042/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 289/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel,
que inclui inc. V no caput e § 5º no
art. 14 e art. 21–A na Lei nº 8.133, de 12 de janeiro de 1998, e alterações
posteriores, incluindo a classificação “turísticos” nos serviços de transporte
público de passageiros e dispondo sobre sua realização.
PROC.
Nº 0058/15 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 001/15, de autoria do Ver. Guilherme Socias
Villela, que inclui art. 127-A na Lei Orgânica do Município de Porto Alegre,
determinando o incentivo à economia criativa.
PROC.
Nº 0094/15 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 002/15, que desafeta e autoriza a alienação do
próprio municipal localizado na Rua Araras, destinado a leito viário da Rua Ney
Galvão, ao Condomínio Edifício Villa Andaluzia, e dá outras providências.
PROC.
Nº 0251/15 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 025/15, de autoria do Ver. Paulo Brum, que
institui o desconto de 50% (cinquenta por cento) na tarifa do serviço de
transporte seletivo por lotação para pessoas com deficiência e seus
acompanhantes no Município de Porto Alegre.
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Não havendo quem queira discutir a Pauta, está
encerrada a Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 17h35min.)
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